O filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), atual deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), não descartou a possibilidade do seu partido apoiar o MDB durante o governo do seu pai. O filho de Bolsonaro também afirmou que está aberto a conversas com Renan Calheiros (MDB), que pode ser candidato à presidência do Senado.
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"O governo tem que conversar com todo mundo que foi eleito. Se a gente quer construir alguma coisa é óbvio que temos que buscar, dentro da possibilidade, qualquer pessoa que seja uma convergência dentro do Senado", declarou Flávio Bolsonaro, após ser questionado sobre uma possível composição com o MDB.
Questionado sobre o seu apoio ao nome de Renan Calheiros para a presidência do Senado, Flávio não excluiu a possibilidade e disse que ainda não há nenhuma candidatura oficialmente lançada. "O Renan nem colocou oficialmente a candidatura dele ainda. Como pode descartar um apoio que não existe? Acho que o primeiro passo é ouvir todo mundo. O Renan foi eleito, outros foram eleitos também que são bons nomes." afirmou.
O senador eleito defendeu alguém que tenha ficha limpa, "que esteja preocupado com o Brasil" e não faça a "velha política" para comandar o Legislativo. "Vou construir aquilo que o presidente Jair Bolsonaro instruir que a gente faça. Buscar uma pessoa que seja uma convergência dentro do Senado e que também não seja um empecilho para o bom trâmite das propostas do governo no Senado. O momento é de ouvir" disse.
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O candidato à Presidência da República pelo MDB, Henrique Meirelles , foi derrotado no primeiro turno e, depois disso, o partido indicou que seria oposição ao futuro governo, pela primeira vez desde a redemocratização.
Por sua vez, Renan Calheiros evita dizer se será oposição ou não ao governo de Bolsonaro. Ele já ocupou à presidência do Senado duas vezes e agora é um dos nomes cotados para o próximo ano. Durante as eleições, o emedebista apoiou a candidatura de Fernando Haddad (PT).
Ontem (6) pela manhã, Renan afirmou que não pode antecipar se será oposição. "Você não pode se colocar indefinitivamente num campo político. Dá para se fazer muita coisa sem rótulos” disse ele. “Eleição para o Senado é em fevereiro, quanto mais você antecipar, mais você acirra sentimentos” completou.
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Flávio Bolsonaro disse que visitou o Senado hoje para conhecer melhor seu futuro local de trabalho na companhia do senador Magno Malta (PR), que não se reelegeu e é um possível nome para ocupar um cargo no ministério no governo do presidente eleito.