A coligação de apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) entrou com representação nesta sexta-feira (26) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo que cinco representantes das campanhas de cada um dos dois candidatos possam acompanhar a apuração de votos na sala-cofre do tribunal.
“Estamos em busca de um direito constitucional: a transparência dos atos públicos. Fizemos isso de forma democrática e ampla”, explicou o articulador político de Bolsonaro, deputado Onyx Lorenzoni (DEM) ao defender o acompanhamento da apuração de votos .
De acordo com ele, o pedido só foi feito agora às vésperas do segundo turno porque a equipe estudava maneiras de garantir a credibilidade do sistema eletrônico, “que não é usado em nenhum lugar com democracia consolidada”, afirmou.
Caso a ministra Rosa Weber negue o pedido, Lorenzoni adiantou que tentará uma liminar junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a presença na sala-cofre, onde geralmente a contagem é monitorada apenas por técnicos da casa.
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Na terça-feira (23), o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que todas as denúncias feitas por cidadãos nas seções eleitorais sobre fraudes nas urnas ou irregularidades no processo de votação no segundo turno a ser realizado no dia 28 de outubro serão registradas em tempo real pelos mesários e disponibilizadas online para acompanhamento da apuração do caso.
Jungman comunicou que ele e a presidente do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ), ministra Rosa Weber, assinaram também nessa terça-feira, mais cedo, um termo de orientação conjunta com diretrizes a serem seguidas por mesários e presidentes das seções eleitorais diante de denúncias de fraudes nas urnas.
Segundo explicou o ministro, nesses casos, os mesários e os presidentes de seções eleitorais deverão fazer o registro das denúncias e enviá-las em tempo real ao sistema da Justiça Eleitoral, por meio de uma funcionalidade acrescentada ao aplicativo Pardal, que já se encontra disponível.
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De acordo com o ministro, o objetivo é desencorajar que denúncias sejam feitas após o eleitor deixar a seção eleitoral. Desse modo, acredita o ministro, ficaria mais fácil separar situações verdadeiras de boatos que tenham como objetivo somente abalar a credibilidade da urna eletrônica. Ainda de acordo com Jungmann, reclamações posteriores necessitariam assim apresentar também uma justificativa para não terem sido feitas antes da apuração de votos .