Detalhes da pesquisa do instituto Datafolha, divulgados neste sábado (20), apontam que o plano de governo, onde os candidatos esmiúçam suas propostas para o país, orienta o voto de apenas uma minoria dos eleitores. Outras motivações, como rejeição à partidos ou os valores associados aos presidenciáveis, são preponderantes na escolha do voto.
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No caso dos eleitores de Fernando Haddad (PT), apenas 15% decidiu pelo candidato em razão de seu programa de governo. Entre os que pretendem sufragar Jair Bolsonaro (PSL), o número auferido pelo Datafolha é um pouco mais baixo, 12%.
Os candidatos são obrigados pela Justiça a apresentar seus planos de governo ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nele, devem constar visões e projetos sobre segurança, saúde, educação, economia, cultura e políticas sociais, entre outros temas.
Acompanhe, abaixo, os principais elementos que orientam os eleitores na opção por Jair Bolsonaro :
Renovação ou alternância de poder (30%)
Rejeição ao PT (25%)
Propostas de segurança (17%)
Imagens e valores pessoais (13%)
Plano de governo (12%)
Combate à corrupção (10%)
E também as razões que levam ao voto em Fernando Haddad :
Rejeição a Bolsonaro (20%)
Plano de governo (15%)
Alinhamento ao partido (13%)
Experiência e capacidade de governar (11%)
Influência de Lula (11%)
Imagem e valores pessoais (7%)
Brasileiro quer debate, aponta Datafolha
A mesma pesquisa aponta, ainda, que a presença de Jair Bolsonaro nos debates presidenciais antes do segundo turno das eleições 2018 é requisitada pela maioria dos brasileiros. De acordo com o instituto, 73% dos eleitores querem o capitão reformado nos debates.
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Apesar do apelo do eleitorado, é improvável que o candidato frequente os debates . O presidenciável já declarou que não pretende debater com Fernando Haddad.
Bolsonaro afirmou, durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, que não participará de nenhum debate político e que não tem a intenção de fazer campanhas de rua, no chamado corpo a corpo.
Ainda de acordo com o Datafolha , 23% dos brasileiros consideram que o presidenciável não deveria comparecer aos debates e, 4% não souberam responder à pergunta. Dos entrevistados, 67% disseram considerar os debates políticos como importantes para a decisão de voto, 13% disseram considerar “um pouco importante”, e 19% não levam os encontros em consideração na hora de escolher seus candidatos.
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