O candidato à Presidência da República pelo PT, Fernando Haddad, viajou para o Nordeste do Brasil numa tentativa de fortalecer sua base eleitoral na região – a mais simpática a ele em todo o País, conforme mostram as pesquisas de intenção de voto .
Trata-se apenas da segunda viagem de Fernando Haddad para fora da região Sudeste em toda sua campanha para o segundo turno. A primeira e única até então havia ocorrido no dia seguinte à votação do primeiro turno, quando o candidato foi a Curitiba para visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na prisão.
Na noite dessa sexta-feira (19), em evento com apoiadores em Fortaleza (CE), Haddad reafirmou que tem sido “o centro de calúnias” de seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL).
Ele cobrou providências para que sejam conduzidas investigações sobre o suposto grupo de empresários que financiaria o envio em massa de mensagens falsas anti-PT na plataforma WhatsApp .
"Esperamos que com o tranco [de anteontem, 18], essas denúncias tragam prisão preventiva de algum empresário, para que eles denunciem em delação o que que aconteceu na campanha dele", disse aos apoiadores que o aguardavam no Comitê Cultura, na Praia de Iracema.
Na capital cearense, Haddad participou de um ato político ao lado da mulher, Ana Estela Haddad, dos deputados federais Luizianne Lins e José Guimarães, ambos do PT, e do candidato ao governo do Ceará pelo Psol, Ailton Lopes. Ele reiterou as críticas ao adversário e ressaltou que “modéstia à parte, o Brasil precisa mais de um professor que de um miliciano”.
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Agenda de Fernando Haddad
Na busca por angariar mais votos no Nordeste , onde o PT teve vantagem em vários estados, Haddad faz neste sábado (20) caminhada em Fortaleza e segue para atos organizados em Juazeiro do Norte e Crato, no Ceará.
No início da noite, o candidato segue para o Piauí, onde encontrará apoiadores na cidade de Picos, localizada a 307 km da capital, Teresina. No domingo (21), a previsão é ato em São Luís, no Maranhão.
Ainda nessa sexta-feira (19), no Rio de Janeiro, Fernando Haddad reclamou do que classifica como “Justiça analógica” para apurar o que chama de “tsunami cibernético”, referindo-se à avalanche de notícias falsas disseminada nesta campanha eleitoral. O assunto está em investigação e a Polícia Federal pode ser acionada para apurar.
*Com informações e reportagem da Agência Brasil