Em encontro com o arcebispo do Rio de Janeiro, Bolsonaro diz ter firmado acordo
Agência Brasil
Em encontro com o arcebispo do Rio de Janeiro, Bolsonaro diz ter firmado acordo"em defesa da família"

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) se encontrou nesta quarta-feira (17) com o arcebispo do Rio de Janeiro. O  candidato fez um breve discurso durante o encontro, em que exaltou valores conservadores. Após a reunião, disse em entrevista que está "com uma mão na faixa [presidencial]" e que pode não ir aos debates por questão de estratégia. 

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O encontro com o arcebispo do Rio foi um pedido de Bolsonaro e aconteceu na Arquidiocese da cidade, por volta das 9h, na zona sul do Rio de Janeiro. Além do candidato ainda estavam presentes o presidente do PSL, Gustavo Bebbiano, e o empresário Paulo Marinho, suplente do senador Flavio Bolsonaro, eleito pelo Rio. 

"Assinamos um compromisso em defesa da família, em defesa da inocência da criança em sala de aula, em defesa da liberdade das religiões, contrário ao aborto, contrário à legalização das drogas. Ou seja, um compromisso que está no coração de todo brasileiro de bem", disse o candidato, que também se colocou à disposição do arcebispo para "ouvi-lo com o coração aberto".

Bolsonaro afirmou ainda que "não queremos mais flertar com o desconhecido ou com aquilo que não deu certo em lugar nenhum do mundo". Completou que "esse compromisso, mesmo estando em papel, já estava em nossos corações". No fim, o presidenciável prestou continência ao arcebispo. 

Em entrevista na zona portuária do Rio, Bolsonaro afirmou que já está "com uma mão na faixa [presidencial]" e que Haddad "não vai tirar [uma diferença de] 18 milhões de votos até daqui dois domingos".  Ao ser questionado sobre a liberação para debate, o candidato disse que depende da avaliação médica, que será feita amanhã (18), mas admitiu que sua ida ou não também é estratégia de campanha. 

"Nós estamos com a mão na faixa, é verdade. Podemos até não chegar lá, mas estamos com a mão na faixa, ele não vai tirar 18 milhões de votos de agora até daqui a dois domingos”, disse Bolsonaro. O candidato também acrescentou que Haddad está "apavorado" e "perdido". 

"Agora eu vou debater com um poste, um pau mandado do Lula? Tenha santa paciência", declarou. "Tudo na política é estratégia. O Lula não compareceu a debate. O último da Rede Globo, não sei se foi em 2006 ou 2010. Entra tudo no meio, eu decido em equipe."

O candidato do PSL já havia se posicionado contra a legalização das drogas e descriminalização do aborto em outras ocasiões. Em seu plano de governo, o candidato diz que "Rio Grande do Norte, Maranhão, Pará, Bahia e Ceará são regiões que passaram a ser governadas pela esquerda ou seus aliados e onde a 'epidemia' de drogas não foi coincidentemente introduzida. [...] Houve até 'bolsa crack' em cidades administradas pela esquerda, como por exemplo em São Paulo."

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Em entrevista ao canal do Youtube Na Lata, em janeiro deste ano, o candidato disse que, se a questão da legalização das drogas passar pelo parlamento e ele estiver eleito, vetaria. "Se o Parlamento derrubar o veto, aí você é obrigado a respeitar o que foi decidido pelo Parlamento" afirmou. 

Em uma sabatina no GloboNews , em setembro, declarou: “Se o Congresso aprovar aborto, eu veto”. Nos casos de estupro ou que podem gerar riscos à vida da mãe, Bolsonaro não manifestou opinião, mas classificou as situações como “difíceis”. 

Depois de visitar o arcebispo do Rio , antes da entrevista, Bolsonaro foi à sede da Polícia Federal, no centro da cidade, para agradecer ao apoio da instituição pela sua segurança.

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*Com informações da Agência Brasil

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