O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, confirmou nesta segunda-feira (15) que, caso eleito, ele pretende nomear para ministro da Educação o filósofo e professor Mário Sergio Cortella.
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A confirmação foi feita durante entrevista concedida à Rádio Bandeirantes nesta manhã, oportunidade na qual Fernando Haddad também desconversou sobre a existência de um suposto convite a Joaquim Barbosa, apesar de confirmar aproximação com o ex-minsitro do STF.
"Eu estive com o Joaquim Barbosa em Brasília. Ele me recebeu em sua casa. É uma pessoa que tem 40 anos de serviço público prestados ao País. Tenho o maior orgulho de contar com o respeito dele. Conversamos sobre medidas que o meu governo tem que tomar para melhorar o combate à corrupção e a transparência", afirmou o petista, que exaltou Mário Sergio Cortella logo em seguida. "Eu vou montar uma equipe com os melhores brasileiros para superar a crise que nós estamos vivendo".
Ainda a respeito da busca por aliados para enfrentar o candidato Jair Bolsonaro (PSL) no segundo turno , Haddad destacou sua "boa relação" com o PSDB e sua "relação pessoal" com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – que nega publicamente apoio ao petista . "Nós não podemos dispensar apoio nenhum", defendeu o petista, que disparou ataques a Bolsonaro para justificar sua estratégia.
"Eu tô duelando com um adversário que é manifestamente a favor da ditadura, da tortura, da cultura do estupro, do preconceito contra os negros, do preconceito contra as mulheres. Eu não posso ser irresponsável de ficar isolado diante de uma ameaça tão grande quanto à que ele [ Bolsonaro ] representa. Em nome das forças democráticas, em nome de tudo que eu estudei, eu não posso me isolar diante de um quadro tão tenebroso quanto à eleição desse senhor."
Fernando Haddad garante não temer oposição
Questionado sobre a expectativa de diálogo com a nova composição do Congresso
caso venha a ser eleito presidente, Haddad tomou como exemplo sua própria experiência na Prefeitura de São Paulo para assegurar que não teme vantagem numérica da oposição no Legislativo.
"Eu tinha, aqui na cidade de São Paulo, 11 vereadores de 55. Lá no Congresso, quando eu era ministro, nunca um líder de partido orientou contra as propostas do MEC. Nós construíamos consensos para fazer a agenda avançar", disse Fernando Haddad . "O País é forte o suficiente para superar essa crise com um pouco de boa vontade, um pouco de diálogo."