O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o FHC, desmentiu no fim desta tarde (8) que teria declarado apoio ao candidato Fernando Haddad (PT) na disputa com Jair Bolsonaro (PSL) para o segundo turno da eleição presidencial. A informação foi publicada nesta segunda-feira pelo site Catraca Livre e chegou a ser reproduzida no site oficial do Partido dos Trabalhadores.
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"As redes divulgam que apoiarei Haddad. Mentira", disse FHC por meio de sua conta oficial no Twitter. "Nem o PT nem Bolsonaro explicitaram compromisso com o que creio. Por que haveria de me pronunciar sobre candidaturas que ou são contra ou não se definem sobre temas que prezo para o País e o povo?", continuou o ex-presidente.
De acordo com o jornalista Gilberto Dimenstein, idealizador do Catraca Livre , o tucano teria declarado "reservadamente a amigos": "Entre Haddad e Bolsonaro, não há saída. Vou de Haddad".
O ex-presidente teria ainda explicado que discorda do posicionamento econômico da campanha petista, mas que prefere a eleição de Haddad pois o candidato do PSL representa uma "ameaça" e que sua eleição traria "risco autoritário permanente e crise institucional".
Em suas redes sociais, no entanto, Fernando Henrique confirmou apenas as críticas. "Os candidatos vitoriosos devem dizer o que farão com o Brasil, não quem perdeu. Não concordo com o reacionarismo cultural e o descompromisso institucional de uns vitoriosos e tampouco com a corrupção sistêmica e com apoio ao arbítrio na Venezuela e em outros países", escreveu.
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FHC nega apoio, enquanto PSDB ainda discute posição
A cúpula do PSDB, partido do ex-presidente, deve se reunir nessa terça-feira (9) para discutir se apoiará algum dos candidatos
no segundo turno ou se optará pela neutralidade. O planejamento foi anunciado ainda nesse domingo (7) por Geraldo Alckmin, candidato que acabou derrotado com apenas 4,7% dos votos válidos.
Após votar na manhã desse domingo, FHC pregou o respeito ao resultado das urnas ao afirmar que "quem ganhar, ganhou, e quem perder, perdeu" . "Votei nos candidatos do PSDB. Daqui por diante o importante é obedecer a Constituição e buscar explicar ao povo o que cada um pensa e como será possível fazer. Sem demagogia nem sectarismo. Não sou operador político. Digo o que penso e respeito as diferenças", pontuou o ex-presidente.