Governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi alvo de mandados de busca e apreensão hoje
Chico Ribeiro/site oficial
Governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi alvo de mandados de busca e apreensão hoje

O governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja (PSDB), foi alvo, na manhã desta quarta-feira (12), de mandados de busca e apreensão deflagrados pela Polícia Federal (PF) na Operação Vostok. A PF esteve tanto na sede do governo quanto na casa do governador.

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De acordo com a polícia, essa operação investiga um suposto pagamento de propina a representantes da cúpula do governo de MS, que teriam sido feitos em troca de créditos tributários a empresas.  Reinaldo Azambuja não estava em casa nessa manhã.

Além dos mandados de busca e apreensão, a PF também cumpriu mandados de prisão . Ao todo, foram autorizados 14 mandados de prisão temporária, deflagrados na capital do estado e nos municípios de Aquidauana, Dourados, Maracaju, Guia Lopes de Laguna. Houve uma prisão também em Trairão, município do Pará.

Essa operação foi autorizada pelo ministro Félix Fischer do Superior Tribunal de Justiça (STJ). São 220 policiais federais, cumprindo 41 mandados de busca e apreensão e 14 mandados de prisão temporária.

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Hoje, Azambuja é candidato à reeleição e, por isso mesmo, não estava em casa, mas em evento de campanha. Segundo a última pesquisa Ibope, divulgada no dia 24 de agosto, o candidato aparecia com 39% das intenções de voto em MS.

Segundo a PF, essas investigações começaram no início deste ano, a partir de depoimentos de delação premiada de executivos de um frigorífico. Os depoimentos detalharam esquema de empresas com o governo do estado para a obtenção de benefícios fiscais, que teria tido início em 2003.

De acordo com as investigações, somente nos dois primeiros anos da gestão atual no estado, uma empresa frigorífica teria deixado de recolher aos cofres públicos, mais de R$ 200 milhões, em razão dos acordos de benefícios fiscais concedidos.

As investigações da PF apontam que, do total de créditos tributários concedidos à empresa dos colaboradores, um percentual de até 30% era revertido em proveito da organização criminosa investigada.

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Entre os alvos da operação, além do governador de MS, Reinaldo Azambuja , estão pecuaristas locais, um deputado estadual e um conselheiro do Tribunal de Contas do estado.

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