Novos áudios complicam defesa de Michel Temer
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Novos áudios complicam defesa de Michel Temer

Novos áudios gravados por delatores da Odebrecht e divulgados pela Polícia Federal podem complicar ainda mais a defesa de Michel Temer (MDB) na Justiça. A informação é do portal G1 .

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Neles, o coronel João Baptista Lima, amigo de Temer também investigado pela Lava Jato, pode ser ouvido combinando a data e o local de três entregas diversas – não fica claro, na conversa, o que seria entregue, mas a PF acredita ter razões para supor que tratam-se de propinas ao então vice presidente.

Os valores, crê a investigação, alcançariam os R$ 10 milhões, tendo sido acertados no fatídico “jantar no Jaburu”, realizado em 2014, em que estiveram presentes ministros importantes do futuro governo de Michel, o próprio vice presidente, e executivos da Odebrecht .

No primeiro áudio, Lima conversa com um funcionário da empreiteira. Eles tratam da entrega “daquela encomenda”, e, finda a ligação, o coronel telefonou para a Argeplan, empresa do ramo da engenharia de que é sócio. Em seguida, ligou para o gabinete de Michel em Brasília, em uma chamada que durou menos de 50 segundos.

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Logo após desligar, coronel Lima retorna a ligação ao funcionário da Odebrecht, remarcando a entrega “daquela encomenda”. Isso feito, o coronel liga novamente para o vice presidente, conversando com ele por cerca de 5 minutos.

Dias depois, João Baptista Lima torna a ligar para o funcionário da Odebrecht, confirmando que as entregas foram feitas de forma satisfatória. Ele aproveita, aí, para averiguar se há “previsão para mais alguma coisa”. O funcionário diz que “ainda não tem informação nenhuma”.

Lima reclama, ainda, que as entregas “não foram iguais às anteriores, um pouco abaixo...”, ao que seu interlocutor explica que isso se deu pois se tratava de “um número quebrado”. “Tá entendido, então”, anui Lima.

Baseado também nessas conversas, a Polícia Federal concluiu que Michel Temer recebeu da empreiteira propinas de ao menos R$ 1,43 milhão por meio de intermediários, entre eles Lima. A afirmação consta no inquérito da PF que foi enviado na quarta-feira (5) ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre supostos  repasses ilícitos da Odebrecht ao MDB.

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