Os ministérios públicos eleitorais de Minas Gerais e do Piauí abriram nesta segunda-feira (27) procedimentos para analisar se houve irregularidades envolvendo o suposto pagamento de influenciadores digitais para fazer campanha para candidatos do PT.
O caso repercutiu no final de semana quando Piauí ficou entre os assuntos mais comentados do Twitter. As publicações nas redes sociais mostravam influenciadores digitais fazendo postagens sobre o candidato a reeleição para governador Wellington Dias.
A ação foi denunciada pela jornalista e também influencer Paula Holanda. Em seu perfil no Twitter, ela disse que foi procurada por uma representante de uma agência de marketing digital, a Lajoy.
Paula publicou suposto briefing em que uma pessoa chamada Isabella Bomtempo, da agência, convidou-a para participar de ação "de militância política para a esquerda. No trecho divulgado no Twitter não havia menção a pagamentos.
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Uma das empresas apontadas como como recrutadora destes influenciadores é a BeConnected, sediada em Belo Horizonte, e que tem um assessor de um deputado federal Miguel Corrêa (PT-MG), candidato ao Senado, como sócio.
A presidente do PT , senadora Gleisi Hoffmann, comentou a polêmica envolvendo os influenciadores que teriam sido pagos para fazer propaganda de políticos do partido no Twitter. A senadora defendeu que o “PT nunca adotou esse tipo de prática”.
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Durante entrevista coletiva, após visitar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, Gleisi Hoffmann afirmou que o PT nunca pagou influenciadores digitais
para falar de candidatos nas redes sócias. “Estamos averiguando isso e queremos esclarecer essa situação”, afirmou a presidente do partido.