Helton Yomura foi afastado do ministério do Trabalho por ordem do STF
Agência Brasil
Helton Yomura foi afastado do ministério do Trabalho por ordem do STF

O advogado Caio Luiz de Almeida Vieira de Mello será o novo ministro do Trabalho, informou há pouco o Palácio do Planalto. Segundo a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o presidente Michel Temer dará posse ao novo ministro amanhã (10) no Planalto.

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No último dia 5, o chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministro Eliseu Padilha, assumiu interinamente o Ministério do Trabalho , no lugar de Helton Yomura, que pediu exoneração do cargo após ser um dos alvos da terceira fase da Operação Registro Espúrio, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

Em nota à imprensa divulgada na noite de quinta-feira (5), o Palácio do Planalto informou que Temer recebeu e aceitou o pedido de exoneração do ministro do Trabalho. "O presidente agradeceu sua dedicação à frente da pasta", diz a nota da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Após novo escândalo, Roberto Jefferson desiste de ministério do Trabalho

Uma das condições para que o PTB apoiasse o impeachment de Dilma Rousseff (PT) era que a legenda ficasse com o ministério do Trabalho. Michel Temer acatou o pedido, mas, após uma série de controvérsias, que resultaram no afastamento do ministro Helton Yomura da pasta pelo Supremo Tribunal Federal, o partido comandado por Roberto Jefferson comunicou ao Planalto que abre mão do ministério, deixando seu futuro à disposição de Temer.

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Após deflagrado o escândalo, PTB e Jefferson assinaram uma nota sobre o tema. "Pessoalmente, insisto: não participei de qualquer esquema espúrio no Ministério do Trabalho. E acrescento que minha colaboração restringiu-se a apoio político ao governo para que o partido comandasse a pasta", escreveu o líder da legenda.

Os problemas com a Justiça começaram antes da chegada de Yomura ao ministério.  Roberto Jefferson  , famoso por seu envolvimento no caso do chamado “mensalão”, pretendia emplacar sua filha, Cristiane Brasil, no cargo. Descobriu-se, contudo, que Brasil tinha dívidas trabalhistas pendentes com seus funcionários, e sucessivas liminares judiciais acabaram a impedindo de assumir a pasta.

O constrangimento gerado pelo caso não foi o bastante para o PTB desistir da pasta. O partido, que curiosamente traz “trabalhista” no nome mas apoiou as reformas de Temer que penalizam o trabalhador, queria manter sua influência no ministério do Trabalho , um dos mais poderosos da Esplanada.

* Com informações da Agência Brasil

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