O presidente da República, Michel Temer, afirmou, neste sábado (28), que o reajuste do Programa Bolsa Família vai reincluir e incluir as pessoas no que chamou de "vida social brasileira". A declaração do emedebista acontece em meio a um momento de expectativa do anúncio oficial de reajuste do programa federal.
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"A todo momento estou aumentando o valor do Bolsa Família, que é um direito social. Por que? Porque sabemos que precisamos reincluir e incluir as pessoas na vida social brasileira”, disse Michel Temer .
O pronunciamento do presidente sobre o assunto foi feito em um discurso feito na abertura oficial da 84ª Exposição de Gado Zebu – ExpoZebu, em Uberaba, Minas Gerais.
Nesta sexta-feira (27), Temer havia dito que anunciaria o reajuste do Bolsa Família pela tarde, mas isso não aconteceu. Ainda ontem, porém, ele informou que o novo percentual seria definido com rapidez. A expectativa é que a divulgação ocorra nos próximos dias.
Embora Temer tenha usado a expressão "a todo o momento", o último reajuste do programa ocorreu em junho de 2016, quando ele ainda era o presidente interino do País. Na ocasião, Temer reajustou o Bolsa Família em 12,5%.
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O ministro do Desenvolvimento Social, Alberto Beltrame, ao tomar posse do cargo, no início de abril deste ano, informou que o governo discutia conceder um reajuste maior do que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é de 2,95%.
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Reajuste do Bolsa Família em 2016
Há dois anos, no dia 6 de maio, uma semana antes da votação do processo de impeachment de Dilma no Senado, o governo da petista publicou um decreto que concedia um reajuste de 9% no Bolsa Família. Na época, o governo Dilma disse que o valor médio do benefício pago para 13,8 milhões famílias passaria de R$ 162 para R$ 176 mensais.
Porém, em junho daquele mesmo ano – já sob a gestão interina de Temer – o pagamento dos benefícios do Bolsa Família começou a ser feito sem o reajuste de 9%, que estava previsto para ser aplicado a partir daquele mês.
De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário, o governo interino de Temer estava fazendo uma avaliação nos cortes promovidos pela gestão anterior para poder conceder o reajuste. A situação foi classificada por Dilma Rousseff como um ato de "mesquinharia".
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Após tal atraso, uma série de críticas e uma aparente hesitação, Michel Temer anunciou, no final de junho de 2016, que o reajuste seria de 12,5%.