Estratégia de Romário para estender mandato no Senado e manter suplente no cargo foi negada pela Justiça Eleitoral
Edilson Rodrigues/Agência Senado - 25.8.16
Estratégia de Romário para estender mandato no Senado e manter suplente no cargo foi negada pela Justiça Eleitoral

O senador Romário (Podemos-RJ) bem que tentou, mas seus argumentos não convenceram os ministros do Tribunal Superior Eleitoral ( TSE ). O baixinho consultou a Justiça para saber se era possível que ele, cujo mandato vai até 2022, abandonasse o cargo em favor de seu suplente e se candidatasse à reeleição ao Senado .

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Os ministros, contudo, declararam que um senador cumprindo a primeira metade de seu mandato, que dura oito anos, não pode se candidatar para o mesmo cargo. Para o ministro Luís Roberto Barroso, esta seria uma estratégia ilegal para fraudar a vontade do eleitor.

“Permitir que um senador que ainda tem mais quatro anos de mandato deixe o cargo para o suplente é fraudar a vontade popular e o mandato constitucional que exige a renovação da composição do Senado a cada quatro anos”, disse o ministro.

Romário formulou o pedido antes de definir que seria pré-candidato de seu partido para o governo do Rio de Janeiro. Todos os ministros do TSE acompanharam Barroso em seu voto.

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Ascensão de Romário na política

O chamado 'Baixinho' no campo de futebol entrou no campo político em 2009, quando se filiou ou PSB. No ano seguinte, concorreu ao cargo de deputado federal pelo estado do Rio, sendo eleito o sexto candidato mais votado.

Em outubro de 2014, elegeu-se senador pelo Rio de Janeiro com amplo apoio dos eleitores, conquistando 4.683.963 votos – o que corresponde a 63,43% dos votos e 38,53% do número de eleitores. 

Em junho de 2016, ainda no PSB, lançou a pré-candidatura à prefeitura do Rio. Mas desistiu da empreitada um mês depois. Como consequência, o PSB entrou na coligação de Indio da Costa (PSD) e, no segundo turno, o senador apoiou Marcelo Crivella (PRB), com quem já rompeu.

Hoje, o mandato de Romário no Senado vai até 2022, o que lhe garante um espaço na política mesmo em caso de derrota na provável disputa pelo governo do estado. O político não recebeu ainda o apoio declarado de nenhum partido além da sua própria legenda.

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