Faltando pouco menos de seis meses para as eleições, uma pesquisa do Ibope encomendada pelo grupo Bandeirantes monstra que o cenário é ainda de indefinição no estado de São Paulo.
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Foram consultados 1008 eleitores na capital e no interior do estado, e a margem de erro é de 3% para mais ou para menos. As entrevistas foram realizadas entre os dias 20 e 23 de abril.
Nos cenários em que é apontado como candidato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com folga. Entre os eleitores de São Paulo, ele alcança a preferência de 22%, seguido pelo deputado Jair Bolsonaro (14%), pelo ex-governador tucano Geraldo Alckmin (12%), Marina Silva (9%), Joaquim Barbosa (8%) e Ciro Gomes (3%).
Também pontuou Álvaro Dias (Podemos), com 2%. Guilherme Boulos (PSOL), Manuela D´Ávila (PCdoB), Flávio Rocha (PRB), João Amoêdo (Novo), Michel Temer (MDB) e Rodrigo Maia (DEM) alcançaram, cada um, 1% das intenções de voto.
Surpreende, também, o alto número de votos brancos e nulos, que somam 19%. Cinco por cento preferiram não opinar.
Já no cenário em que Lula não aparece como candidato, sendo substituído pelo petista Fernando Haddad, lideram, empatados dentro da margem de erro, quatro candidatos: Alckmin (15%) e Bolsonaro (15%), Marina Silva (12%) e Joaquim Barbosa (10%). Atrás do grupo, segue Ciro Gomes (6%) e Haddad (6%).
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Sem o ex-presidente, também, a tendência de votos brancos e nulos aumenta. Eles atingiram 25% neste cenário.
Mesmo preso, Lula lidera no país
Em outra pesquisa realizada no início do mês pelo instituto Datafolha , Lula lidera com 31% das intenções de voto no cenário mais favorável entre nove pesquisados. O resultado foi baseado em 4.194 entrevistas entre quarta-feira (11) e sexta-feira (13) de abril, em 227 municípios.
De acordo com o PT , a intenção é manter Lula como candidato, mesmo com o petista preso no último dia 7 por lavagem de dinheiro e corrupção. De acordo com a Lei da Ficha Limpa, ele não poderia participar da eleição, mas a legislação permite o registro mesmo preso. Sendo assim, caberia à Justiça Eleitoral decidir a legitimidade da candidatura.
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