O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enviou uma carta ao Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra ( MST ). A missiva foi entregue à João Pedro Stédile, líder do movimento.
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Datada do dia 23 de março, na carta Lula agradece ao apoio que tem recebido do movimento e os conclama a seguir lutando contra as injustiças. O líder petista também se mostra otimista quanto ao desfecho do momento atual, afirmando que eles sairão “maiores e mais fortes” e que estão “do lado certo da história”.
Leia, abaixo, a íntegra da carta de Lula ao MST :
" Meus queridos companheiros do MST,
Sei que muitas das vozes que me desejam um “bom dia” todas as manhãs são vozes dos companheiros e companheiras do Movimento Sem Terra. O MST, mais do que ninguém, sabe o que é sentir na pele a dor da injustiça, da perseguição, dos processos fabricados e manipulados, e das inúmeras prisões e mortes de companheiros que lutam pela terra e por uma vida digna.
A dedicação, a solidariedade e o carinho que vocês demonstraram nas caravanas que realizamos pelo Brasil continuam firmes e fortes depois de todas as arbitrariedades cometidas contra mim. Eu tenho certeza que todos nós sairemos maiores e mais fortes desta situação. Nós estamos do lado certo da história.
Você viu?
A todos vocês que acreditam na minha inocência e lutam contra a injustiça, serei sempre grato.
Um abraço fraterno. Luiz Inácio Lula da Silva "
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STF tira delações contra Lula das mãos de Moro
A segunda turma do Supremo Tribunal Federal ( STF ) decidiu, nesta terça-feira (24), retirar da alçada do juiz Sergio Moro trechos das delações da Odebrecht em que é citado o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) .
Os ministros entenderam que não cabe ao juiz investigar supostos crimes que não têm relação com a Petrobras , que é o foco da operação Lava Jato. As delações, assim, seguirão para a Justiça de São Paulo.
No entendimento três ministros – Dias Toffoli, Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowiski -, não ficou demonstrado como o suposto favorecimento que Lula teria recebido nos dois casos se relaciona com a corrupção na petroleira.
“Ainda que o Ministério Público possa considerar que pagamentos teriam origem em fraude na Petrobras, não há demonstração desse liame nos autos”, manifestou-se Toffoli.
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