Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, tem gerado desconfiança no seu partido quanto ao seu potencial eleitoral
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Geraldo Alckmin, ex-governador de São Paulo, tem gerado desconfiança no seu partido quanto ao seu potencial eleitoral

Se à esquerda segue a indefinição sobre as candidaturas, causada em parte pelo vácuo criado com a prisão do ex-presidente Lula, à direita também persistem dúvidas sobre quem defenderá as ideias e o legado do grupo. E inclusive o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin , dado como certo na disputa pela presidência da República, tem sido questionado por seus pares dentro do PSDB .

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Seu crítico mais costumeiro entre os tucanos tem sido o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio . Ele pretendia disputar as prévias do partido contra o ex-governador, mas desistiu, alegando que a votação interna não passaria de uma “farsa”. No domingo, em entrevista ao blog do jornalista Josias de Souza, o prefeito voltou novamente a criticar Alckmin , defendendo inclusive a substituição de sua candidatura pela do senador Tasso Jereissati , do Ceará.

“Tasso talvez não ganhe a eleição. Mas conduzirá a refundação do partido”, disse. O ex-governador de São Paulo, aponta Virgílio, tem se mostrado incapaz até o momento de decolar nas pesquisas: no último levantamento do instituto Datafolha, o tucano alcançou apenas 7% das intenções de voto – mesmo nos cenários em que Lula não é apresentado como candidato.

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“Não está descartada a hipótese de o Tasso surpreender aos que esperam do PSDB um Alckmin comportadinho e derrotadinho”, ironizou Virgílio. “Se a possibilidade de derrota existe, precisamos considerar a alternativa de perder com dignidade máxima”, completou.

O prefeito de Manaus também avaliou como seria um cenário pós-derrota dos tucanos. “A derrota transformará o PSDB em linha auxiliar do próximo presidente, um partido que trocará adesão por ministérios e diretorias financeiras”, lamentou.

Esse tem sido, na avaliação de Virgílio, o papel que o partido desempenhou nos últimos dois anos. O custa para tanto, disse o prefeito, é a indistinção, na cabeça do eleitor, entre o PSDB e o MDB de Temer. “O PMDB nunca despertou a esperança que o PSDB inspirou um dia”, concluiu o tucano .

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