O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta quinta-feira (7) acreditar que a Procuradoria-Geral da República tomará a decisão correta em relação às delações feitas por executivos da JBS. Ao deixar o desfile de 7 de Setembro na Esplanada dos Ministérios, o deputado afirmou que, apesar de respeitar a PGR, a Câmara exercerá sua "soberania" para aceitar ou não a eventual denúncia contra o presidente Michel Temer.
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"As investigações vão esclarecendo algumas polêmicas em relação à JBS . Mas acho que a procuradoria vai tomar a decisão correta. Ela tem tomado decisões duras. Não tenho dúvida de que, depois de ouvir os delatores hoje [quinta-feira] e o ex-procurador [Marcelo Miller], amanhã vai tomar a decisão dura, como tomou em outros casos", disse Rodrigo Maia , ao deixar o evento.
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Questionado a respeito da influência do caso envolvendo a empresa e uma eventual denúncia do procurador-geral, Rodrigo Janot, contra Temer, o deputado disse que esta é uma questão de soberania da Casa que preside. "A denúncia pode ser aceita ou não, como a primeira. Respeitamos os poderes, o Supremo Tribunal Federal, o Executivo e a PGR. Nada tem descrédito. Agora, os deputados podem ter convencimento ou não de que há ou não, elementos para aceitar a denúncia", afirmou.
Eleições de 2018
Maia também comentou o atual clima político e projetou o cenário para as eleições de 2018. "Imagina você que, na segunda-feira, às 18h, discutíamos como é que ia ser a denúncia contra o presidente. Às 19h, tivemos aquela coletiva [de Janot], que gerou muita perplexidade; na terça, o episódio da Bahia [apreensão de malas abarrotadas de dinheiro, supostamente de Geddel Vieira Lima]; na quarta o depoimento do [Antônio] Palocci", lembrou.
"É por isso que, quando me perguntam sobre as eleições, digo que, com tantos fatos ocorridos em apenas uma semana, faltam ainda cem anos para chegarmos a 2018". O presidente da Câmara reiterou sua intenção de avançar pautas relativas às reformas política e da Previdência, e que, nesse sentido, acredita que o governo já tem base suficiente para colocar as matérias em votação.
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Também presente no desfile, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou estar confiante de que, após a aprovação da meta, haverá liberação de verbas e que, com isso, a expectativa é de que não haja paralisação das atividades das Forças Armadas. Jungmann não quis comentar o caso envolvendo a JBS e não quis falar sobre Janot.
* Com informações da Agência Brasil.