Defesa do presidente Michel Temer (PMDB) pediu no STF a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot
José Cruz/Agência Brasil - 5.10.2016
Defesa do presidente Michel Temer (PMDB) pediu no STF a suspeição do procurador-geral da República, Rodrigo Janot

A defesa do presidente Michel Temer (PMDB) apresentou no início da noite desta quarta-feira (6) um pedido ao STF (Supremo Tribunal Federal) a suspensão de uma eventual denúncia contra ele a ser apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Na petição, os advogados também requerem a suspensão de eventuais pedidos de investigação sobre o peemedebista.

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Na avaliação do advogado Antônio Claudio Mariz, responsável pela defesa de Temer na Justiça, as suspeitas de que o ex-procurador da República Marcelo Miller teria beneficiado os delatores da JBS, fato que motivou abertura de processo de revisão da delação, justifica cautela no prosseguimento das investigações.

A equipe de advogados chefiada por Antônio Claudio Mariz também sustenta que é preciso ainda aguardar o julgamento do pedido de suspeição de Janot que será feito pelo plenário da Corte.

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“A atuação do procurador-geral da República está, pois, amplamente comprometida, na medida em que os gravíssimos fatos por ele narrados e fartamente noticiados, conforme exposto alhures e na arguição de suspeição, têm importantes reflexos não só nos direitos do senhor presidente, que está sendo vítima de torpe, infame e fantasiosa acusação, mas à própria nação, que assiste estarrecida ao abalo de suas instituições em face de eventos marcados pela ilegalidade e pela ilicitude que maculam e deslegitimam a atividade persecutória do Estado”, diz a petição assinada pelo advogado.

Pedido de suspeição

No pedido de suspeição, o advogado Antonio Mariz acusa Rodrigo Janot de parcialidade nas investigações. Na ação, os defensores do presidente Michel Temer também citam uma palestra na qual o responsável pela PGR disse que "enquanto houver bambu, lá vai flecha", fazendo referência ao processo de investigação contra o presidente.

“Parece pouco interessar ao procurador se o alvo a ser atingido, além da pessoa física de Michel Temer , é a instituição Presidência da República; as instituições republicanas; a sociedade brasileira ou a nação”, diz o documento.

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Na última quarta-feira (30), ao negar pedido de suspeição de Janot apresentado pela defesa de Temer, o ministro Edson Fachin entendeu que não houve indícios de parcialidade do procurador-geral da República durante as investigações. Janot entrega o cargo no dia 18 de setembro para Raquel Dodge.


* Com informações da Agência Brasil

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