Presidente Michel Temer durante convenção nacional do PMDB em março do ano passado
Divulgação/PMDB - 12.3.16
Presidente Michel Temer durante convenção nacional do PMDB em março do ano passado

O PMDB, partido do presidente Michel Temer, foi surpreendido com o resultado de uma enquete promovida pelo site oficial da entidade sobre a reforma da Previdência . Mais de 69% dos internautas que participaram da pesquisa se posicionaram contra as mudanças defendidas pelo governo para as regras da aposentadoria.

A enquete do PMDB já conta com mais de 40 mil votos, sendo que incríveis 39.054 deles são contra a reforma da Previdência em discussão na Câmara dos Deputados. Apenas 665 internautas (2% do total) se posicionaram a favor do projeto. Outros 602 (1%) disseram não ter conhecimento sobre o assunto e 165 internautas preferiram não opinar.

A comissão de deputados que analisavam as alterações nas regras para a aposentadoria, defendidas pelo governo sob a justificativa de representar a salvação para os cofres da Previdência Social, concluiu a redação do texto do projeto na semana passada. A expectativa é de que a votação ocorra nos dias 24 e 31 de maio, em dois turnos.

No texto aprovado pelos integrantes da comissão especial, ficou definido que a integralidade do salário só será garantida se o servidor atingir 65 anos (homem) e 62 anos (mulher) e o tempo mínimo de 25 anos de contribuição.

Um dos temas que motivaram polêmica durante a tramitação do projeto na última semana, a inclusão dos agentes penitenciários nas regras especiais para a aposentadoria de policiais não foi discutida na comissão, mas poderá reaparecer durante as análises no plenário da Câmara.

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PMDB pode punir 'infiéis'

O presidente nacional do PMDB, senador Romero Jucá (RR), afirmou após cerimônia de um ano do governo Temer que o partido poderá fechar questão acerca da votação da proposta. Isso significa que a legenda poderá punir aqueles deputados peemedebista que votarem de maneira divergente à posição do partido.

Considerada prioritária pelo governo Michel Temer, a proposta de reforma da Previdência precisará ser votada em dois turnos pelo plenário, e contar com o apoio de pelos menos 308 votos para ser aprovada e encaminhada para análise do Senado.

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