Eike Batista foi levado para depor na superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro
Reprodução/Globo News
Eike Batista foi levado para depor na superintendência da Polícia Federal, na zona portuária do Rio de Janeiro

O empresário Eike Batista chegou à sede da Superintendência da Polícia Federal do Rio de Janeiro por volta das 9h20 desta quarta-feira (8) para prestar um novo depoimento. Além dele, pelo menos outros seis acusados nas operações Eficiência e Calicute, falarão com a PF nesta quarta. Tais operações são desdobramentos da Operação Lava Jato.

Eike Batista está preso preventivamente desde o dia 30 de janeiro na Penitenciária Bandeira Stampa , conhecida como Bangu 9, na zona oeste do Rio de Janeiro. Ele é acusado pelo Ministério Público Federal de envolvimento com esquema de corrupção durante o governo de Sergio Cabral.

No primeiro depoimento, Eike ficou em silêncio e se reservou o direito de falar somente em juízo. O advogado de Eike, Fernando Martins, afirmou, na manhã desta quarta, que a orientação ao empresário é a mesma. Ainda assim, o advogado declarou que ele vai esclarecer todas as acusações. "Ele foi chamado a prestar depoimento e vai esclarecer todo o necessário", afirmou Fernando.

Eperações Eficiência e Calicute

As operações Eficiência e Calicute são resultado de investigações que tiveram início com a força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro e resultaram em dois pedidos de prisão contra o ex-governador Sérgio Cabral.

LEIA MAIS: Eike pagou US$ 16,5 milhões em propina a Cabral e já é procurado pela Interpol

Entre as pessoas detidas nas duas operações estão a ex-primeira dama Adriana Ancelmo, o ex-secretário de obras Hudson Braga, o empresário e ex-vice-presidente do Flamengo Flávio Godinho e o publicitário Francisco de Assis Neto – detido na semana passada.

Cabral é acusado de chefiar uma quadrilha que cobrava propinas para garantir vantagens a empresários. 

Segundo o MPF, um dos esquemas investigados acontecia entre o empresário Eike Batista e Flávio Godinho, do grupo EBX, a pedido de Cabral, com o repasse de propina de US$ 16,5 milhões, utilizando uma conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá.

Para dar uma aparência de legalidade ao esquema, foi feito um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind Llc, holding de Eike, e a empresa Arcadia Associados – em que constava a compra de uma mina de ouro.

LEIA MAIS: Operação Eficiência: Justiça decreta nova prisão preventiva de Sérgio Cabral

Ademais, Eike Batista, Flávio Godinho e Sérgio Cabral também são suspeitos de terem atrapalhado as investigações dos procuradores. Contudo, com o apoio de colaboradores, o MPF conseguiu fazer a repatriação de pelo menos R$ 270 milhões, que já estão à disposição da Justiça Federal em uma conta aberta na Caixa. A força-tarefa está solicitando cooperação internacional para o bloqueio e posterior repatriação dos valores ainda ocultos em outros países.

* Com informações da Agência Brasil.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!