Os acontecimentos começaram quando o rapaz tentou passar por baixo da catraca
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Os acontecimentos começaram quando o rapaz tentou passar por baixo da catraca


O IML ( Instituto Médico Legal ) concluiu que a morte de um jovem em uma estação de trem ocorreu por asfixia mecânica decorrente de esganadura. O exame também apontou diversas lesões, incluindo costelas quebradas no lado direito do tórax, escoriações no antebraço direito, mão direita e joelhos, além de marcas roxas no queixo, mandíbula e ombros.

De acordo com as investigações iniciais da Polícia Civil, o caso, que ocorreu em 11 de novembro, foi registrado como morte súbita sem causa determinante aparente e morte acidental.

De acordo com a TV Globo, a polícia informou que está analisando as imagens de segurança e intimando os envolvidos para novos depoimentos.

"Os laudos periciais solicitados estão em elaboração e serão anexados ao inquérito assim que concluídos. Importante esclarecer que, se necessário, a natureza inicial da ocorrência poderá ser alterada diante de novas evidências, sem qualquer prejuízo ao inquérito", explicou a pasta.

Os acontecimentos começaram quando o rapaz tentou passar por baixo da catraca em uma estação de trem. Um agente da concessionária ViaMobilidade deu-lhe uma rasteira, e, em seguida, um guarda civil metropolitano (GCM) à paisana desferiu um chute.

O jovem foi arrastado pelas pernas e imobilizado com violência pelos seguranças. Momentos depois, os agentes perceberam que a vítima estava inconsciente e tentaram reanimá-lo até a chegada de uma equipe do Samu. Apesar dos esforços, ele não resistiu e morreu no hospital.

Imagens de câmeras de monitoramento indicam excesso de força por parte dos agentes. Em depoimentos, os seguranças alegaram que o jovem parecia estar sob efeito de entorpecentes, tentou entrar sem bilhete e foi contido com "força moderada". Relataram ainda que ele apresentou convulsões, vômito e perda de consciência durante o episódio.


Posição da ViaMobilidade

A concessionária ViaMobilidade lamentou profundamente a morte e informou que abriu uma sindicância interna para apurar os fatos.

"A companhia informa que repudia qualquer forma de violência, premissa essa constantemente reforçada em seus treinamentos e procedimentos de segurança e atendimento. Cabe destacar que, imediatamente após esta ocorrência, um boletim de ocorrência foi registrado, uma sindicância interna foi instaurada e os agentes envolvidos foram preventivamente afastados de suas funções", comunicou.

O caso segue sob investigação, com a coleta de novos depoimentos e a análise detalhada das provas. A Polícia Civil não descarta mudanças na classificação do inquérito à medida que mais evidências forem obtidas.

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