O aluno que matou uma aluna e deixou outras feridas na Escola Estadual Sapopemba, na zona leste de São Paulo, na manhã desta segunda (23), sofreu bullying e agressões na unidade, segundo alunos.
Em abril deste ano, ele chegou a fazer um registro de ocorrência sobre agressões e ameaças de outros alunos.
Estudantes do colégio afirmam que o autor dos disparos era alvo constante de humilhações e chegou a ser gravado sofrendo agressões físicas nas dependências da escola. Um dos alunos informou que o atirador sofria humilhações devido à sua orientação sexual.
As vítimas que sobreviveram ao ataque foram levadas ao Hospital Geral de Sapopemba. De acordo com a assessoria do governo, "informações sobre o estado de saúde das vítimas e investigação do ataque serão divulgados em breve".
O que aconteceu
Por volta das 7h30 desta segunda, um atirador, de 16 anos, entrou no colégio, vestindo uniforme. A Polícia Militar (PM) foi acionada e chegou ao local com cerca de vinte viaturas e um helicóptero. O atirador se entregou à PM e foi levado para o 70º DP (Sapopemba). A Polícia Civil afirmou que a arma era legal e pertencia ao pai do aluno.
Autoridades se manifestaram
O presidente Lula (PT), ao se referir ao caso nas redes sociais, disse que “não podemos normalizar armas acessíveis para jovens na nossa sociedade e tragédias como essas”.
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lamentou o ocorrido: "Estamos consternados com mais um terrível ataque nas nossas escolas. Na manhã de hoje, três alunos foram atingidos a tiros na Escola Estadual Sapopemba e um deles, infelizmente, não resistiu. O autor dos disparos e a arma foram apreendidos. Nesse momento, a prioridade é apoiar os estudantes, professores e familiares. Toda minha solidariedade às famílias e a todos os afetados neste triste episódio", escreveu.
O secretário Estadual de Segurança Pública, Guilherme Derrite (PL), informou a mobilização de "todos" os "esforços para dar o apoio necessário à comunidade escolar que vive esse dia de luto".
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB), informou no X (antigo Twitter) que "o Laboratório de Crimes Cibernéticos do Ministério da Justiça foi acionado para auxiliar a Polícia de São Paulo a aprofundar as investigações".