O governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) confirmou, na tarde desta terça-feira (1º), que 14 pessoas morreram durante confrontos entre a Polícia Militar e bandidos na Operação Escudo na Baixada Santista , iniciada na sexta-feira (28) no litoral do Estado.
Tarcísio fez o pronunciamento durante coletiva de imprensa e confirmou que a 14ª morte aconteceu na cidade de Santos. O ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) criticou o trabalho de parte da imprensa e sugeriu que há 'notícias falsas' sendo espalhadas nas redes sociais.
"Vamos ter respeito com os profissionais. Tem um monte de gente falando coisas que não é procedente. Chega um camarada e diz: 'Ah... Tenho relatos de que morreram muito mais pessoas'. É falso. Isso não é uma informação correta", criticou o governador.
Após a morte do policial da Rota Patrick Bastos Reis, que foi baleado no tórax e morreu antes de chegar ao Pronto Atendimento da Rodoviária na quinta-feira (27), o comando da polícia enviou um efetivo de 600 policiais até a comunidade Vila Zilda, onde ocorreram confrontos e perseguições que resultaram nas mortes.
"Nós estamos trabalhando com toda transparêcia. Tem inquérito, as imagens estão sendo anexadas nesse inquérito. Tem perícia, tem laudo. Isso tudo vai ser investigado".
O governador de São Paulo argumentou que o crime organizado, controlado pelo PCC, está "dominando territorialmente" as comunidades no estado.
"Não é fácil entrar em uma área dominada pelo crime organizado. Querem segurança, mas não se querem combater o crime. Vai entrar lá em uma área conflagrada e ser recebido a tiros por gente que 'tá' com fuzil na mão", sugeriu.
Na manhã desta terça-feira (1), dois policiais militares foram baleados em Santos, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). Os PMs estavam em serviço em locais distintos quando foram atingidos por criminosos armados.
"Nós não queremos o confronto. Mas, não vamos nos curvar ao crime. O que eu peço é respespeito aos policiais do estado [...] Vai ver quem tombou! O líder do PCC morreu nessa confusão. O principal fornedor de drogas da Baixada".
O governador relembrou o caso -- da cabo da Polícia Militar baleada na região pelsa costas e também do soldado do Batalhão de Ações Especiais de Polícia (Baep) atingido na virilha. Ambas as vítimas foram socorridas e encaminhadas para o hospital, onde recebem cuidados.
"A gente tem a questão de domínio territorial. É um combate difícil. [...] A gente quer um estado dominado pelo tráfico de drogas? A gente quer um narcoeestado? É isso que a gente quer?", questionou.