Mulheres morreram por conta de cortes no pescoço
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Mulheres morreram por conta de cortes no pescoço

Para esta terça-feira (9) está marcada a audiência de instrução do caso da idosa e da diarista que foram encontradas mortas em um apartamento de luxo no Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro . É esperada a presença de 12 testemunhas.

O crime ocorreu em 9 de junho deste ano. Os pintores William Oliveira Fonseca e Jhonatan Correia Damasceno são acusados de latrocínio (roubo seguido de morte), extorsão qualificada e incêndio  contra a aposentada Martha Maria Lopes Pontes, de 77 anos, e sua diarista, Alice Fernandes da Silva, de 51.

Após as testemunhas, os réus também serão interrogados.

À época, as vítimas foram encontradas degoladas no apartamento em que Martha morava, na Avenida Rui Barbosa. A idosa também foi carbonizada.

As audiências estão marcadas para começar às 15h e a sessão será presidida pelo juiz Flávio Itabaiana de Oliveira Nicolau. Entre as 12 testemunhas requeridas pelo Ministério Público estão cinco policiais civis que trabalharam na ocorrência.

Além disso, serão ouvidas duas testemunhas requeridas por Jhonatan e três, por William.

O crime

Os criminosos chegaram ao endereço onde morava Martha com um plano desenhado para roubar R$15 mil reais da vítima. Jhonatan, preso por policiais da Delegacia de Homicídio da Capital (DHC) com apoio da Core nesta sexta-feira, aproveitou que já era conhecido no prédio por serviços prestados a moradores, para circular sem problemas pelo edifício. Em imagens de câmeras de segurança do condomínio, os dois aparecem às 13h34 de máscaras, bonés e mochilas e carregam uma sacola plástica. 


Pintores acusados de latrocínio serão ouvidos nesta terça (6)
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Pintores acusados de latrocínio serão ouvidos nesta terça (6)

De acordo com a Polícia Civil, depois de realizar diligências e analisar as imagens das câmeras de segurança, foi possível identificar que após ter a entrada autorizada pela própria Martha e ir até o apartamento com o comparsa , Jhonatan saiu do prédio para ir até a agência bancária mais próxima e descontar três cheques no valor de R$5 mil reais cada. Para isso, o criminoso precisou da autorização da idosa, que ameaçada por William no próprio apartamento, autorizou os saques por telefone.

A funcionária do banco afirmou que, ao receber do rapaz três cheques da idosa no valor de R$ 5 mil cada, chegou a indagá-lo diante do “alto valor”, no que ele respondeu: “A dona Martha costuma comprar carro comigo”. Ela então separou o dinheiro em três maços de notas e os entregou.

Na especializada, a profissional contou ter recebido Jhonatan, por volta de 15h40, em um dos caixas do banco, pedindo para sacar o montante de R$ 15 mil. A moça então entrou em contato com Martha, emitente dos cheques, através de um telefone fixo que constava em seu cadastro. Ela afirmou que a idosa parecia “estar calma” e negou ter notado algo “fora do normal durante o contato”. 


No depoimento, a mulher disse que, após a autorização de Martha, solicitou o documento de identidade de Jhonatan e pediu que ele assinasse os cheques, sendo prontamente atendida por ele. Ela relatou que ele também parecia calmo e, enquanto esperava para receber o dinheiro, falava ao celular com outra pessoa: “Já estou no caixa”, “Já estou sendo atendido”, dizia o rapaz.

Jhonatan já tinha trabalhado como pintor para outros moradores do condomínio . Ele prestava serviços junto com o pai, que também é pintor, e foi assim que começou a ser conhecido por todos no prédio, facilitando a sua entrada. Há uns meses, Jhonatan foi indicado para um serviço de pintura na casa da Martha, que o contratou e pagou o valor acordado.

— Com informações de Agência O Globo

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