Julgada pela morte do menino Henry Borel , de 4 anos, em março de 2021, a mãe dele, a professora Monique Medeiros, questiona a necropsia feita no corpo da criança. O laudo indica que o menino sofreu 23 lesões e foi a óbito em decorrência de uma hemorragia interna por laceração hepática por ação contundente.
Durante a audiência de instrução da última quarta-feira (9), Monique rebateu essa informação. "Eu vi meu filho pelado e ele não tinha um roxo", declarou a professora, segundo registro do G1 RJ. O laudo diz que a criança tinha "múltiplas equimoses (manchas roxas) de 10mm cada produzidas entre 12 e 48 horas antes do exame, mas que podem ter ocorrido no histórico hospitalar".
A professora também sugeriu que as lesões no corpo da criança pudessem ter sido provocadas pelo procedimento de reanimação. No entanto, o laudo difere as lesões provocadas pelo procedimento hospitalar das lesões provocadas por ação contundente.
Outro ponto levantado por Monique em seu depoimento foi de que pegou o filho com o ex-marido por volta das 19h30, quando a criança já estaria "vomitando e chorando". Mas o lado aponta que nos casos de rupturas de vasos do fígado, a dor abdominal seria crescente de forma a evoluir para a perda de consciência.
O perito consultado pela publicação ratificou isso, acrescentando que uma pessoa que tivesse rompimento do fígado "jamais conseguiria andar, comer ou tomar banho". Segundo Monique, após receber o filho, eles foram à padaria, ela comprou "várias besteiras", conversaram, ela deu banho no menino e o colocou para dormir.
Depoimento de Jairinho
Dr. Jairinho também deveria depor na quarta-feira, mas disse que só se pronunciará após a inclusão de documentos pendentes no processo. Com isso, a juíza do II Tribunal de Júri marcou para a próxima quarta-feira (16) , às 9h30, o interrogatório dele.