Durante seu interrogatório na tarde desta quarta-feira no processo que julga o caso Henry, Monique Medeiros, mãe do menino e ex-namorada de Jairinho, disse sofrer ameaças e intimidações dentro do Instituto Penal Santo Expedito, no Complexo Penitenciário de Gericinó, onde está presa. Ela contou o último episódio se deu por mais de 20 presas, na última segunda-feira. Uma delas, divide a cela com Monique.
"Elas diziam que sou assassina de criança, o que eu jamais seria. Eu nunca mataria meu filho nem coadunaria com algum mal a ele. Eu tenho certeza que fui a melhor mãe que ele poderia ser, como ele foi o melhor filho que eu poderia ser. Mas elas diziam que iam me matar, que iam jogar água fervendo em mim, que iam me dar canetada no ouvido".
A juíza Elizabeth Machado Louro, do II Tribunal do Júri, garantiu que irá cuidar pessoalmente de solicitar reforço na segurança da professora junto a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap).
Os depoimentos de Jairo Souza Santos Júnior, o Jairinho, e sua ex-namorada, a professora Monique Medeiros da Costa e Silva no caso que investiga a morte do menino Henry é acompanhado também por Sônia Samúdio, mãe de Elisa Samúdio, morta em 2010. Os casos se unem pelo advogado de defesa dos acusados: Lúcio Adolfo da Silva, um dos defensores do ex vereador também defendeu o goleiro Bruno Fernandes, condenado a 22 anos e três meses pelo homicídio e ocultação de cadáver da modelo Eliza Samudio e pelo sequestro e cárcere privado do filho Bruninho — a pena foi aumentada porque o jogador foi considerado o mandante do crime e reduzida pela confissão do atleta.