A Polícia Militar de São Paulo, através de sua Corregedoria, finalizou as investigações do possível primeiro caso de 'execução' de agentes de segurança após a implementação de câmeras corporais nas fardas dos servidores públicos. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Gilson Luiz da Costa, tenente-coronel e chefe do departamento de operações da Corregedoria, afirmou que a corporação analisou as imagens e concluiu tratar-se do "primeiro caso, com indícios de fraude processual, de homicídio doloso. Foi o primeiro caso com documentos visuais da ação policial militar que contradizem os policiais disseram".
Durante a ação, os policiais tentaram matar outro suspeito - que só sobreviveu por utilizar um colete a prova de balas sob a camiseta.
No total, oito policiais - divididos entre praças e oficiais - tiveram pedido de prisão preventiva solicitados e responderão por homicídio doloso - quando há a intenção de matar -, fraude processual, falsidade ideológica e prevaricação.
Segundo os agentes de segurança acusados de homicídio, houve uma colisão entre carros quando um motorista pulou pela janela e saiu correndo. Com isso, um dos passageiros - identificado como Douglas - desceu com uma arma em punho e "ao tentar apontar em direção a guarnição, foi alvejado pelo policial [Diego Fernandes Imediato da Silva] na altura do peito".
Trecho do relatório produzido durante as investigações, porém, desmente a versão oficial. "A imagem 8, a mais contundente, ilustra o momento em que o civil Vinícius [Gomes] desembarca do veículo GM/Corsa com as duas mãos na cabeça, rendido, desarmado, sendo que, neste instante, o sargento Inácio dá início aos disparos".
O Ministério Público analisa o caso e a Promotoria não respondeu aos questionamentos realizados sobre o caso. Outros dois casos passaram a ser analisados, mas as investigações ainda não foram concluídas.