Milícia gaúcha é alvo de operação da Polícia Civil
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Milícia gaúcha é alvo de operação da Polícia Civil

Uma  milícia foi alvo de uma operação policial nesta quinta-feira, no Rio Grande do Sul. De acordo com as investigações, a quadrilha praticava ataques violentos a propriedades rurais e, posteriormente, oferecia serviços de vigilância. Os criminosos também têm atuado no tráfico de drogas e cometido homicídios.

Chamada de Farroupilha, a operação resultou na prisão de 12 pessoas. Elas são suspeitas de autoria de "pelo menos 18 roubos a propriedades rurais, 10 furtos e uma série de atos de narcotraficância", segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul.

De acordo com a corporação, a organização criminosa é responsável por "aterrorizar" a região dos municípios de Pelotas, Capão do Leão, Rio Grande, Santana da Boa Vista, Morro Redondo e Piratini. Os assaltos eram cometidos com extrema violência, inclusive com famílias inteiras sendo submetidas a cárcere pelos criminosos.

Após os roubos, os integrantes da quadrilha voltavam às fazendas para oferecer proteção. "Os seus membros ofereciam serviço de segurança e monitoramento de propriedades rurais, contudo, promoviam ataques às propriedades que não contratavam os serviços", diz a polícia.

Em entrevista ao Zero Hora, o delegado André Mendes, titular da Delegacia de Polícia Especializada na Repressão aos Crimes Rurais e Abigeato (Decrab) de Bagé, explicou que a quadrilha montou empresas de vigilância privada de forma clandestina para oferecer monitoramento e segurança logo após os assaltos que elas mesmo realizaram.

"Batem de porta em porta, publicam posts nas redes sociais, mas estranho é que as ofertas, conforme as vítimas, ocorreram logo na sequência dos assaltos", diz Mendes.

De acordo com a Polícia Civil, os roubos e furtos também tinham a finalidade de arrecadar recursos para o fortalecimento do tráfico de drogas, pois os membros da quadrilha são integrantes de uma facção criminosa com forte atuação no  narcotráfico e em homicídios.

Para o tráfico de drogas, a quadrilha vinha comprando fazendas utilizadas para estocar e distribuir entorpecentes. Segundo o diretor de Investigações do Departamento de Investigações do Narcotráfico (Denarc), delegado Carlos Wendt, as propriedades de terra ficam em nome de laranjas.

"Notamos aquisições de áreas rurais na Fronteira Oeste e na divisa com Santa Catarina. Verificamos que trazem droga de fora do Estado em grandes quantidades, colocam nestas propriedades rurais para depois fracionar e transportar em pequenas quantidades dentro do Rio Grande do Sul", afirmou Wendt, ao Zero Hora.

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