Imagem mostra o momento da execução
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Imagem mostra o momento da execução

A Polícia Civil investiga se o assassinato de Fábio Pereira de Oliveira, o Fábio Gordo, na última sexta-feira em Cosmos , no Rio de Janeiro, tem ligação com a guerra entre milicianos na Zona Oeste após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho deste ano. A polícia apura se Fábio Gordo tinha ligação com Luis Antonio Braga, o Zinho, que assumiu o controle da  milícia em algumas áreas do Rio depois da morte do irmão, Ecko .

morte de Ecko trouxe tensão e instabilidade principalmente para a Zona Oeste do Rio e Baixada Fluminense, com o início da disputa do comando da maior milícia do estado. Como o GLOBO mostrou, no mês passado, os confrontos deixaram ao menos sete mortos, entre eles um policial militar e dois ex-PMs. Mas esse número pode ser ainda maior. Em Santa Cruz e Campo Grande, segundo relatos, há vítimas da disputa cujos corpos nunca foram encontrados, e seus desaparecimentos não foram comunicados à polícia.

Na maior parte de Campo Grande e Santa Cruz, informações de inteligência da Polícia Civil apontam que um dos irmãos de Ecko , Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, já assumiu o controle dos negócios criminosos da família. Um dos assassinatos ligados à disputa pelo posto de sucessor de Ecko  é o do subtenente da PM Luciano de Jesus Hipólito, executado a tiros por homens encapuzados no dia 26 de julho em Campo Grande.

A polícia investiga se Hipólito, que já havia sido alvo de uma investigação interna da PM por suspeita de integrar a milícia da Zona Oeste e tem ligação com antigos integrantes do grupo paramilitar egressos da PM, era considerado uma ameaça para Zinho e seus comparsas. Um ex-PM que trabalha como segurança do novo chefão é suspeito do crime.

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Fábio Gordo tinha ligação com ex-chefe da maior milícia do estado

Executado com diversos disparos de fuzil em um estabelecimento comercial, Fábio era acusado de envolvimento com os fundadores e ex-chefes da maior milícia do estado, o ex-deputado estadual Natalino José Guimarães e seu irmão, o ex-vereador Jerônimo Guimarães Filho.

Em 22 de julho de 2008, Fábio e o ex-deputado Natalino foram presos ao serem flagrados por policiais civis da 35ª DP e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) junto com outros integrantes da milícia da Zona Oeste, na casa de Natalino, em Campo Grande. Na ocasião, os dois tentaram fugir, assim como outras duas pessoas que se encontravam no local. Foram apreendidas armas, toucas ninjas, coletes à prova de balas, carregadores e munição com o grupo.

Após a prisão, os dois foram condenados pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio a quatro anos e seis meses de reclusão e quatro anos e um mês de prisão, respectivamente, por posse e porte ilegal de armas de uso restrito. A decisão foi proferida no recurso interposto contra sentença da 42ª Vara Criminal da Capital, que os havia condenado em março de 2010. Apesar de condenados por porte de arma de fogo de uso restrito, a dupla foi absolvida do crime de formação de quadrilha.

A milícia Liga da Justiça, como era chamado o grupo comandado por Natalino, atuava nos bairros de Campo Grande, Guaratiba, Paciência, Cosmos e Santa Cruz, onde praticava os crimes de extorsão, sequestro, constrangimento ilegal, ameaças e homicídio qualificado.

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