Cadernos de contabilidade apreendidos por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco) na casa onde Wellington da Silva Braga, o Ecko , foi encontrado , na comunidade Três Pontes, em Paciência, mostram parte da distribuição de 137 armas da quadrilha até então chefiada pelo criminoso.
Em 61 páginas, obtidas por O Globo, são apresentadas mencionadas 32 pistolas, 98 fuzis AR-15 , seis 7.62, um paraFAL, além de carregadores e munição. Os registros citam os nomes de outros bandidos e elencam pelo menos 29 regiões no Rio e em municípios da Baixada Fluminense, como Belford Roxo e Itaguai.
As anotações mostram a divisão por áreas em cada folha. Em uma delas, há a palavra “Caroba” no topo - provavelmente se referindo a comunidade da Carobinha, em Campo Grande, na Zona Oeste da cidade.
À região são atribuídos oito fuzis AR-15, 31 carregadores para esse tipo de armamento, além de 11 carregadores para fuzis calibre 7.62 e 740 balas. À localidade identificado como “Santa Maria”, são atribuídas quatro AR-15 e 22 carregadores. À “Campinho”, são quatro AR-15, uma pistola e 100 balas de calibre 556.
Há algumas páginas que constam os nomes e apelidos de comparsas e aliados da quadrilha
de Ecko. A um deles, chamado de “Malvado”, há a menção a quatro AR-15, com 30 carregadores, e um fuzil G-3, com cinco carregadores. Ao identificado como “LC”, há escrito: “01 FAL com 15 carregadores”.
Todo material está sendo analisado pela Polícia Civil
do Rio, que investiga quem ficará no lugar de Ecko no comando da maior milícia em atuação no estado. O criminoso foi rendido em uma ação de inteligência com 21 homens da corporação, quando visitava a mulher. Ele foi baleado durante o confronto e, ao tentar pegar a arma de uma agente, foi morto.