Marius Joubert morreu após ser picado por uma Naja siamensis
Reprodução/Facebook/Thai National Parks
Marius Joubert morreu após ser picado por uma Naja siamensis

A polícia de Hennemann, na  África do Sul, estava prestes a prender o traficante de cobras Marius Joubert, de 28 anos. Para escapar da prisão, Joubert fez com que uma das serpentes mais venenosas o picasse, e acabou morto.

Antes de ser picado, ele havia passado por dias de interrogatório, após ter sido detido em 30 de março por  roubo e furto.  Somente depois, no dia 5 de abril, a polícia partiu para a vistoria na casa do suspeito, que trabalhava como guarda e era visto por colegas como "um funcionário exemplar".

"Joubert sabia que mais cedo ou mais tarde, após sua prisão, a polícia visitaria sua casa e encontraria todas essas criaturas mantidas ilegalmente", disse uma fonte da investigação. "E ele sabia que os crimes pelos quais seria acusado seriam muito mais graves e que muitas das cobras e animais que ele possuía poderiam colocá-lo atrás das grades por 25 anos".

Os agentes chegaram em uma residência de esquina com terraço, onde, em um quarto de hóspedes próximo ao hall de entrada, havia mais de 60 cobras. Eles ficaram chocados com a variedade de animais: além de cobras, havia um  crocodilo, iguanas, tarântulas, ouriços e furões, todos aquecidos por estufas de energia solar, almofadas de aquecimento especiais e exaustores.

Marius Joubert percebeu que, ao se depararem com seu enorme zoológico ilegal, teria de revelar seu esquema de contrabando de animais selvagens. Segundo relatos da polícia, ele estava algemado e pediu aos agentes que o deixassem alimentar as cobras.

"Não tínhamos conhecimento da existência de cobras venenosas na propriedade quando fomos ao endereço, mas uma vez lá dentro ele abriu duas gaiolas e colocou a mão dentro", afirmou o capitão Stephen Thakeng, da polícia da Província do Estado Livre. Uma das cobras era da espécie  Naja siamensis, altamente venenosa.

A ambulância foi chamada, mas Joubert recusou tratamento e disse que ficaria bem. Ele foi levado de volta à delegacia e avisado sobre novas acusações relacionadas aos animais.

Então, ele desmaiou e foi levado às pressas por outra ambulância para o Hospital Bongani em Welkom, mas como a cobra que o picou não é nativa da África do Sul, não havia antídoto. Marius Joubert morreu no hospital.

"O veneno é uma neurotoxina e uma citotoxina, o que significa que desligou seus pulmões e o sufocou, além de causar sangramento grave e destruir os tecidos de seu corpo", explicou a fonte da investigação ao Daily Mail.

"Foi uma maneira extremamente dolorosa e horrível de acabar com sua vida e demorou cerca de 9 horas desde a mordida até o colapso e outras 3 horas para o veneno da cobra matá-lo".

O inspetor-chefe da SPCA (Conselho Nacional de Sociedades para a Prevenção da Crueldade contra os Animais) de Bloemfontein, Reinet Meyer, disse: "As cenas dentro da casa pareciam um filme de terror com mais de 70 animais selvagens, todos severamente negligenciados".

O guarda de segurança enfrentava uma série de acusações de roubo e furto desde julho, depois que um investigador particular entregou provas contra ele, levando à sua detenção inicial. Uma investigação policial foi aberta para apurar a origem dos animais exóticos.

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