
Durante uma nova missão de arqueologia marítima do Nautilus Live, pesquisadores fizeram a primeira exploração em mais de três décadas dos destroços do cruzador pesado americano USS Quincy, afundado durante a Segunda Guerra Mundial. A embarcação, de 179 metros de comprimento, foi localizada a grande profundidade nas águas próximas à Ilha de Savo, no Oceano Pacífico.
A descoberta foi realizada pela expedição de Arqueologia Marítima de Guadalcanal (NA173), a bordo do navio de pesquisa EV Nautilus. A missão reuniu uma equipe internacional de especialistas em história naval e tecnologia subaquática. O registro representa o primeiro levantamento visual do USS Quincy em 33 anos, desde sua localização inicial em 1992, em uma expedição liderada pelo famoso oceanógrafo Dr. Robert Ballard, o mesmo responsável por encontrar o Titanic.

O USS Quincy fazia parte da classe New Orleans e foi destruído em agosto de 1942, durante a Batalha da Ilha de Savo, um dos confrontos mais sangrentos da campanha do Pacífico. O cruzador foi atingido por torpedos e projéteis da Marinha Imperial Japonesa, afundando rapidamente com centenas de tripulantes a bordo. Outros dois navios americanos, o USS Astoria e o USS Vincennes, também foram perdidos no mesmo ataque surpresa.

As imagens recém-divulgadas mostram a embarcação em relativo bom estado de conservação, coberta por corais e vida marinha, mas ainda reconhecível em sua estrutura original. Segundo os pesquisadores, o local será tratado como túmulo de guerra, preservado em respeito às vítimas do conflito.
A expedição faz parte de um esforço contínuo para mapear e documentar restos submersos da Segunda Guerra Mundial na região de Guadalcanal, área que foi palco de intensos combates navais entre 1942 e 1943.
As novas imagens devem ajudar historiadores e engenheiros a compreender melhor as condições do naufrágio e a evolução dos materiais ao longo de mais de 80 anos sob o mar.