
A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, pediu à Justiça para cumprir sua pena em regime de prisão domiciliar. A solicitação foi feita na noite desta terça-feira (10) por seu advogado, Alberto Beraldi.
O pedido é para que Kirchner, que foi condenada a seis anos de prisão, cumpra a sentença no apartamento em que vive atualmente, em Buenos Aires. As informações foram obtidas por agências de notícias internacionais.
Alega precisar de proteção
De acordo com a defesa, a ex-presidente argentina, aos 72 anos, teria direito ao regime domiciliar. Além disso, por ter ocupado o cargo mais alto do país, Kirchner necessitaria de proteção constante, que teria dentro de casa com equipe de custódia.
O advogado também pretende dispensar o uso de tornozeleira eletrônica. De acordo com o jornal La Nación , a prisão domiciliar é considerada viável. O pedido é feito logo após a Suprema Corte confirmar a condenação.
Suprema Corte mantém decisão
A Suprema Corte de Justiça da Argentina manteve, nesta terça (10), a sentença que condenou Cristina Kirchner a seis anos de prisão por fraude, em um caso que foi acusada de favorecer o empresário Lázaro Báez ao conceder projetos de obras públicas na Patagônia.
A Corte rejeitou um recurso apresentado pela defesa da ex-presidente, que governou o país por dois mandatos entre 2007 e 2015. Kirchner alega ser vítima de perseguição política.
Deve se apresentar voluntariamente
A decisão da Justiça define o prazo de cinco dias úteis — até a próxima quarta-feira (18) — para que Kirchner se apresente voluntariamente para cumprir a pena.
O juiz do caso solicitou ao Ministério da Segurança que, em até 24 horas, indique uma unidade das forças federais com condições adequadas para receber os condenados, caso a prisão domiciliar não seja aceita.
Nos bastidores, há esforços para evitar que Kirchner passe por um centro de detenção provisório antes da definição sobre a prisão domiciliar.
Além da ex-presidente, outros oito réus devem se apresentar ao tribunal até o fim do prazo: Lázaro Báez, Nelson Guillermo Periotti, José Francisco López, Juan Carlos Villafañe, Raúl Gilberto Pavesi, Mauricio Collareda, José Raúl Santibáñez e Raúl Osvaldo Daruich.