
Simon Fieschi foi encontrado sem vida na última quinta-feira (17) em um quarto de hotel em Paris . Ele ficou conhecido ao sobreviver ao ataque ao semanário satírico francês Charlie Hebdo em 2015. As autoridades anunciaram a abertura de uma investigação para esclarecer as circunstâncias de sua morte.
Até o momento, as causas do falecimento são desconhecidas. Segundo a advogada de Fieschi, Nathalie Senyk, "não há nenhum indício de um gesto voluntário neste estágio das investigações".
O Charlie Hebdo prestou homenagem a Fieschi, publicando: "Estamos devastados pela morte de nosso amigo Simon Fieschi... Engraçado, enérgico, incansável defensor da liberdade, ele se recusava a deixar que aqueles que tentaram destruí-lo vencessem."
A publicação ainda acrescentou: "Prometemos, Simon, continuaremos a fazê-lo por você."
Ataque de 2015
Fieschi foi uma das vítimas que sobreviveram ao atentado que resultou na morte de 12 pessoas na redação do jornal em janeiro de 2015.
O ataque foi cometido pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, em retaliação às caricaturas publicadas pelo jornal satírico.
O atentado, considerado um dos mais violentos contra a liberdade de imprensa, marcou profundamente a sociedade francesa e internacional.
Em decorrência do ataque, a Justiça francesa condenou 14 pessoas envolvidas nos atentados, incluindo Mohamed Belhoucine, que recebeu pena de prisão perpétua, e Hayat Boumeddiene e Ali Riza Polat, que foram condenados a 30 anos de prisão cada um.
Essas condenações fazem parte de uma série de julgamentos relacionados ao terrorismo que abalaram a França na última década.
As investigações da Procuradoria de Paris devem trazer mais detalhes sobre a morte de Fieschi nos próximos dias.
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