O assassinato de Yahya Sinwar , líder do Hamas , foi considerado uma vitória simbólica significativa para Israel. O governo israelense tem ignorado pressões internacionais, incluindo dos Estados Unidos , que pedem um cessar-fogo até as eleições presidenciais norte-americanas.
A morte de Sinwar ocorre em meio a um conflito crescente na região, com o governo israelense, sob a liderança de Benjamin Netanyahu, buscando avançar nas frentes de batalha tanto na Faixa de Gaza quanto no Líbano.
De acordo com informações da Reuters, Netanyahu pretende causar o maior dano possível ao Hamas e ao Hezbollah, antes da posse do novo presidente dos EUA, em janeiro.
Um dos objetivos principais do governo israelense é a criação de zonas-tampão no sul do Líbano, com o intuito de evitar que seus inimigos, incluindo o Irã, se reagrupem e fortaleçam suas posições militares.
David Schenker, ex-secretário adjunto de Estado dos EUA, afirmou que essa situação reflete uma nova dinâmica geopolítica na região.
Alguns diplomatas acreditam que Netanyahu está calculando como um cessar-fogo poderia influenciar as eleições nos EUA, com a expectativa de que Donald Trump, cujas posições sobre Israel e Irã se alinham mais com as do primeiro-ministro, retorne ao poder.
O porta-voz militar de Israel, Daniel Hagari, classificou a eliminação de Yahya como um grande sucesso.
Entretanto, ele ressaltou que ainda há outros comandantes do Hamas em Gaza. Khalil al-Hayya, vice-líder do grupo terrorista no Catar, confirmou a morte de Sinwar e exigiu o fim das operações israelenses para que os reféns sejam devolvidos.
Israel tem acelerado suas operações militares e prepara uma resposta ao ataque recente do Irã.
A invasão do sul do Líbano, iniciada em setembro de 2024, tem como objetivo afastar o Hezbollah a cerca de 30 km da fronteira israelense, além de desarmar o grupo extremista, que conta com apoio militar do Irã há décadas.
Israel argumenta que suas ações estão de acordo com a Resolução 1701 da ONU, que visa a manutenção da paz na região.
Contudo, o Hezbollah insiste que está defendendo o Líbano contra Israel. Desde o ano passado, combatentes do grupo utilizam a faixa de fronteira como base para trocas de tiros com as forças israelenses, em solidariedade ao Hamas.
A ofensiva dos israelenses já deslocou mais de 1,2 milhão de pessoas no Líbano, gerando críticas da comunidade internacional, especialmente após incidentes envolvendo postos de paz da ONU.
Paralelamente, Israel busca estabelecer uma zona-tampão na fronteira com Gaza, o que tem gerado preocupação entre palestinos e agências da ONU.
Israel não quer retirar residentes do norte de Gaza
O Exército israelense nega qualquer intenção de remover os residentes do norte de Gaza, afirmando que sua intenção é evitar que combatentes do Hamas se reorganizem.
O Irã, que também está na mira de Israel após um ataque recente com mísseis, tem gerado alerta em todo o Oriente Médio.
Existe o temor de que uma resposta de Israel possa desestabilizar os mercados de petróleo e desencadear uma guerra em grande escala. O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que a retaliação será "letal, precisa e, acima de tudo, inesperada".
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