Sinwar era o número assumiu o comando do Hamas após a morte do líder político Ismail Haniyeh, assassinado em julho passado, em Teerã, no Irã,
MOHAMMED ABED
Sinwar era o número assumiu o comando do Hamas após a morte do líder político Ismail Haniyeh, assassinado em julho passado, em Teerã, no Irã,

As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram, nesta sexta-feira (18), um novo vídeo da operação que resultou na morte de Yahya Sinwar,  considerado o número 1 do Hamas. As imagens mostram um tanque israelense, posicionado a poucos metros do edifício onde o chefe do grupo extremista Hamas se encontrava, disparando contra o alvo em Rafah, no sul da Faixa de Gaza.

Um relato oficial das FDI detalha a operação: "Nesta semana (quarta-feira), tropas da 828ª Brigada que opera na área de Tel al-Sultan, em Rafah, identificaram vários suspeitos na área. As tropas realizaram varreduras, durante as quais encontraram terroristas que atiraram contra eles e lançaram granadas. Os soldados responderam ao fogo, atingindo os terroristas, que iniciaram tentativas de fuga e se dividiram em dois edifícios adjacentes na área".

O Hamas confirmou nesta sexta-feira a morte de Sinwar. Além de líder, ele foi o mentor dos ataques a Israel em 7 de outubro de 2023 . Seu corpo foi reconhecido na quinta-feira (17).  O anúncio da morte foi feito por Khalil al-Hayya, membro do alto escalão do grupo terrorista, que segue sem comando.

“Esses prisioneiros não retornarão a vocês antes do fim da agressão a Gaza e da retirada de Gaza”, afirmou  al-Hayya, um dos nomes cotados para assumir a liderança do Hamas.


No mesmo dia, Israel já havia publicado um vídeo que captura os últimos momentos de Sinwar. Ferido,  ele é visto lançando um objeto em direção ao drone que registrava as imagens.

Em um pronunciamento, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou Sinwar, afirmando que ele "destruiu vidas" e ressaltou que sua morte "não significa que a guerra acabou". 

Yahya Sinwar

A caçada por Sinwar, um dos principais alvos israelenses, durou mais de um ano e envolveu "dezenas de ações das Forças Armadas e do Shin Bet", conforme explicou o porta-voz do Exército, Daniel Hagari.

Sinwar  tinha 61 anos. Ele era o número 2 na hierarquia do Hamas e assumiu o grupo após a morte do líder político Ismail Haniyeh, assassinado em julho passado, em Teerã, no Irã, em uma operação da inteligência israelense.

Nascido e criado na Faixa de Gaza, Sinwar era conhecido por sua familiaridade com o território, o que dificultou as operações israelenses. A estratégia adotada para localizá-lo envolveu cercá-lo por meio de ataques em áreas onde a inteligência acreditava que ele poderia estar.

Sinwar passou 23 anos em prisões israelenses. Ele também era fluente em hebraico, o que atribuiu a estudos realizados enquanto esteve preso. Em uma tentativa de comunicação com Netanyahu em 2018, o líder terrorista escreveu na língua de Israel uma mensagem com apenas duas palavras: "risco calculado".

Jake Sullivan, conselheiro de Segurança dos EUA, também comentou: "Inteligência americana ajudou Israel a rastrear e caçar líderes do Hamas, inclusive Sinwar." 

Na operação que resultou em sua morte, os soldados israelenses também eliminaram outros dois membros do Hamas. Exames de DNA e análises de arcada dentária confirmaram o óbito de Sinwar. 

Considerado um dos mentores do ataque de 7 de outubro de 2023, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas em Israel, Sinwar foi alvo de um juramento de morte por parte das autoridades israelenses no dia seguinte ao ataque.

O Portal iG está no BlueSky, siga para acompanhar as notícias !


Quer ficar por dentro das principais notícias do dia? Participe do nosso canal no WhatsApp e da nossa comunidade no Facebook .

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!