Em 2017, Yahya foi eleito como chefe do Hamas na Faixa de Gaza
MOHAMMED ABED
Em 2017, Yahya foi eleito como chefe do Hamas na Faixa de Gaza


Yahya Sinwar, um dos líderes mais influentes do Hamas, morreu nesta quinta-feira (17) após uma operação conduzida pelo governo de Israel. Ele foi uma figura central no grupo militante palestino que controla a Faixa de Gaza e esteve envolvido no planejamento do ataque de 7 de outubro de 2023, quando o Hamas realizou uma série de ações contra Israel, resultando no início de um novo conflito no Oriente Médio.

Sinwar nasceu em 1962 no campo de refugiados de Khan Younis, localizado no sul da Faixa de Gaza. Ele é amplamente reconhecido como um dos fundadores da ala militar do Hamas, as Brigadas Izz ad-Din al-Qassam, que tem desempenhado um papel importante nos combates e na resistência armada contra Israel.

Ao longo de sua trajetória, Yahya esteve envolvido em diversas operações e ações contra alvos israelenses, o que o levou a ser preso pelas autoridades israelenses em 1988, sob acusações de participação em atividades terroristas.

Ele permaneceu encarcerado por mais de 20 anos, sendo libertado apenas em 2011 como parte de um acordo de troca de prisioneiros entre o Hamas e Israel.

Esse acordo resultou na libertação do soldado israelense Gilad Shalit, que havia sido capturado pelo Hamas em 2006.

A troca envolveu centenas de prisioneiros palestinos, incluindo Sinwar, que já era uma figura importante no grupo. Após sua libertação, ele rapidamente subiu nas fileiras da organização.

Em 2017, Yahya foi eleito como chefe do Hamas na Faixa de Gaza, consolidando sua posição como um dos líderes mais poderosos do grupo.

Sua liderança foi marcada por uma postura firme em relação à resistência armada contra Israel, mas ele também participou de negociações indiretas para uma trégua com o governo israelense em algumas ocasiões.


Esse equilíbrio entre militância e diplomacia tornou Sinwar uma peça-chave nas dinâmicas internas e externas do Hamas.

Nos últimos anos, Yahya desempenhou um papel importante na estratégia política e militar do grupo, especialmente nas escaladas de violência que ocorreram em Gaza.

Sua influência se estendia tanto ao campo militar quanto ao político, sendo frequentemente apontado como responsável por coordenar ações militares contra Israel, ao mesmo tempo em que mantinha contatos com mediadores regionais.

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