Lula abriu os debates na ONU
Reprodução/Youtube
Lula abriu os debates na ONU


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou, nesta terça-feira (24), o primeiro dia de debates na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) , em Nova York ( EUA ). Em seu discurso, Lula f ala sobre guerra, combate à fome e tecnologia .

Lula diz que a democracia precisa responder "às legítimas aspirações dos que não aceitam mais a fome, a desigualdade, o desemprego e a violência". Para ele, "no mundo globalizado, não faz sentido recorrer a falsos patriotas e isolacionistas".

Indireta à Musk

Em um trecho de sua fala, o presidente do Brasil faz referência sobre os embates da rede social X , de Elon Musk, com o Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro. Ele afirma que o futuro da América Latina passa, sobretudo, pela construção de estados "sustentáveis, eficientes, inclusivos e que enfrentam todas as formas de discriminação".

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Em indireta à Musk, afirmou que o futuro da região está também em um governo que "não se intimida ante indivíduos, corporações ou plataformas digitais que se julgam acima da lei". Para Lula, " a liberdade é a primeira vítima de um mundo sem regras".

Em outro trecho, o presidente comenta sobre movimentações do mercado internacional. Em suas palavras, a falsa oposição entre Estado e mercado foi abandonada pelas nações desenvolvidas, que voltaram a praticar políticas industriais ativas e forte regulação da economia doméstica.


Preocupações com avanços de IAs

Ao comentar sobre os avanços da inteligência artificial, Lula diz que "vivenciamos a consolidação de assimetrias que levam a um verdadeiro oligopólio do saber". Ele explica que a concentração "sem precendentes" desse poder nas mãos de um pequeno número de pessoas e empresas, sediadas em um número ainda menor de países, pode ser preocupante para o futuro.

"Interessa-nos uma Inteligência Artificial emancipadora, que também tenha a cara do Sul Global e que fortaleça a diversidade cultural. Que respeite os direitos humanos, proteja dados pessoais e promova a integridade da informação e, sobretudo, que seja ferramenta para a paz, não para a guerra", afirmou Lula.

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