A vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris e o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump
JEFF KOWALSKY
A vice-presidente e candidata democrata Kamala Harris e o ex-presidente e candidato republicano Donald Trump

Nesta terça-feira (10), às 22h, na Filadélfia, os Estados Unidos assistirão a um debate decisivo entre a v ice-presidente Kamala Harris, de 59 anos, e o ex-presidente Donald Trump , de 78 anos, do Partido Republicano. O embate, transmitido pela rede ABC, terá a duração de uma hora e meia e é considerado um dos eventos mais aguardados da corrida presidencial.

Com ambos os candidatos  empatados nas pesquisas de voto popular e nos estados-chave do Colégio Eleitoral, a expectativa é de recorde de audiência. Este debate é visto como uma oportunidade crítica para impactar o resultado das eleições, faltando 55 dias para o pleito. 

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O debate será mediado pelos jornalistas David Muir e Linsey Davis e abordará temas cruciais como economia, política de imigração, segurança nacional, direito ao aborto, defesa da democracia, China, e conflitos em Gaza e na Ucrânia. Este será o primeiro encontro direto entre Harris e Trump, que até agora não tiveram oportunidade de se confrontar pessoalmente.

O último debate de Trump provocou a desistência da candidatura republicana, o atual presidente Joe Biden demonstrou fragilidades que ficaram escancaradas durante a transmissão. 

Os estrategistas democratas antecipam que Trump seguirá sua abordagem habitual, ligando Harris a aspectos impopulares da administração Biden, como a inflação, que, embora tenha caído para menos de 3%, havia atingido 9%, e a alta de imigração não documentada. Trump é esperado para usar táticas provocativas para desestabilizar Harris durante o debate.

Para Kamala Harris, o debate representa uma chance de reafirmar sua imagem para os eleitores e destacar as diferenças entre sua atuação e a de Trump, especialmente no contexto do sistema judicial. Harris, ex-procuradora, pode contrastar seu histórico com o do ex-presidente, que é o único na história americana condenado por um crime.

A vice-presidente também terá a oportunidade de desafiar a narrativa republicana de “defesa da liberdade”, especialmente em temas como o direito ao aborto, que foi revogado em 2022 pela Suprema Corte, dominada por uma maioria conservadora devido às indicações de Trump. Este tema é especialmente relevante nos estados decisivos de Arizona e Nevada, onde estará em jogo nas urnas.

A administração atual está atenta à possibilidade de Trump usar o debate para espalhar notícias falsas, uma tática comum em seus debates anteriores. O formato da ABC inclui microfones desligados enquanto o adversário fala, e não há um tempo específico para que os moderadores verifiquem os fatos apresentados. O National Constitution Center, local do debate, estará vazio, exceto por alguns convidados das campanhas que não poderão interagir com os candidatos durante o evento.

A mais recente pesquisa da Universidade Siena para o New York Times, divulgada no domingo, mostra Trump um ponto percentual à frente de Harris (48% a 47%). Outros dados relevantes incluem 28% dos entrevistados dizendo não saber o suficiente sobre Harris, em comparação com 9% para Trump, e 53% acreditando que Trump representa mudança, contra 25% para Harris. Além disso, 60% dos entrevistados expressam desejo de uma mudança, o que representa um desafio adicional para Harris, que ainda luta para se dissociar do impacto da administração Biden.

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