O presidente russo, Vladimir Putin
Reprodução/Twitter
O presidente russo, Vladimir Putin

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira (13) que a nação russa está pronta para uma guerra nuclear . Ele ressaltou que o envio de tropas do Ocidente para a Ucrânia escalaria o confronto .

“Do ponto de vista técnico-militar, estamos prontos”, declarou Putin quando questionado se a Rússia tinha arsenais para um combate nuclear. No entanto, segundo o presidente russo, não haverá precipitação nesse âmbito.

Putin falou sobre quando o Kremlin recomenda um ataque de armas nucleares. Os momentos são: em resposta a um ataque nuclear ou outras armas de destruição em massa; e em resposta ao uso de armas convencionais em que “a própria existência do Estado é ameaçada”. Para o líder russo, “as armas existem para serem usadas”.


A possibilidade de guerra nuclear foi falada mais abertamente por Putin na semana passada, quando Emmanuel Macron, presidente da França, falou sobre o envio de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a Ucrânia.

A sugestão de Macron foi negada pelos Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido e outros países, pela possibilidade de haver uma escalada no conflito já existente.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, declarou que os países concordam que “não haverá tropas terrestres, nem soldados em solo ucraniano enviados para lá por países europeus ou Estados da Otan”.

O primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, afirmou que as propostas para enviar tropas para a Ucrânia levariam a uma “escalada significativa de tensões”. Ele ressaltou ainda seu governo “nunca concordará em enviar tropas eslovacas para a guerra na Ucrânia”.

Segundo Putin, líderes ocidentais estariam se intrometendo em uma questão interna. Ele revelou ainda que possui um "arsenal nuclear amplamente modernizado, o maior do mundo".

Irritado, o líder russo afirmou também que "as forças nucleares estratégicas estão em um estado de prontidão total" e ainda pediu para que os políticos ocidentais relembrem o destino de pessoas como Adolf Hitler, da Alemanha nazista, e Napoleão Bonaparte, da França, que invadiram a Rússia no passado e fracassaram.

Acordos de paz

Putin afirmou também que “a Rússia está pronta para negociações sobre a Ucrânia”, mas disse que as negociações “devem se basear na realidade e não em desejos depois do uso de drogas psicotrópicas”.

“Agora, negociar só porque eles estão ficando sem munição é um tanto ridículo da nossa parte”, acrescentou. O presidente russo completou dizendo que Moscou não ficará satisfeita com “uma pausa que o inimigo quer fazer para o rearmamento”.

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