O Ministério da Saúde palestino diz que mais de 200 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na Faixa de Gaza durante a madrugada desta segunda-feira (6). Num comunicado, o ministério acrescentou que o número de mortos abrangeu apenas a Cidade de Gaza e a parte norte da Faixa de Gaza.
Com isso, o número de mortos no enclave atingiu 9.922 desde 7 de outubro, quando o grupo armado palestino Hamas invadiu o território israelita, dando início à sangrenta contra-ofensiva de Israel.
O Exército de Israel afirmou nesta segunda-feira (6) que atingiu 450 alvos do Hamas, entre combatentes, complexos militares, postos de observação, postos de lançamento de mísseis antitanque e túneis.
O exército israelense afirma que os residentes no norte de Gaza terão permissão para evacuar para o sul pela avenida Salah al-Din, acrescentando que uma passagem segura será concedida por quatro horas a partir das 10h, horário local, de segunda-feira.
“Para sua segurança, aproveite esta próxima oportunidade para avançar para o sul, além do Vale de Gaza”, disse o exército em seu canal árabe no X.
No início do conflito, Israel emitiu avisos de evacuação semelhantes, provocando o deslocamento forçado de centenas de milhares de palestinos.
Contudo, para além dos desafios logísticos, incluindo a indisponibilidade de transporte e combustível, bem como detritos de edifícios demolidos e estradas destruídas, as preocupações com a segurança também têm sido elevadas.
Vários relatórios mostram que ataques aéreos mortais e fogo de artilharia tiveram como alvo comboios que atenderam ao aviso de Israel e evacuaram a parte norte.
A ONU (Organização das Nações Unidas) informou que cerca de 30 mil pessoas decidiram regressar ao norte depois de concluir que os riscos eram os mesmos que no sul.
Segundo a entidade, mais de 1,5 milhão de pessoas estão deslocadas em Gaza. Destas, 710,2 mil encontraram abrigo em 149 instalações da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (Unrwa), 122 mil pessoas estão em hospitais, igrejas e edifícios públicos, 109,7 mil pessoas se refugiaram em 89 escolas, e outras residem com famílias que as hospedaram.