Mais três funcionários da agência da ONU para refugiados palestinos (UNRWA, na sigla em inglês) morreram na Faixa de Gaza, de acordo com relatório divulgado nesta terça-feira (31). Com isso, o número de funcionários da UNRWA mortos em Gaza desde o início da guerra entre Israel e Hamas
subiu para 67.
A maioria dos funcionários da ONU na Faixa de Gaza são locais, ou seja, palestinos que também foram deslocados de suas casas e também sentem o impacto da guerra em suas vidas cotidianas e de suas famílias.
Segundo o relatório desta terça-feira, mais de 670 mil pessoas deslocadas internamente na Faixa de Gaza estão abrigadas em 150 instalações da UNRWA. Desde o início da guerra, cerca de 1,4 milhão de palestinos deixaram suas casas no norte da região, onde Israel realiza ataques terrestres.
"Com a assistência disponível muito limitada e os abrigos sobrecarregados, há relatos de tensões crescentes entre as comunidades deslocadas. Foram relatadas várias invasões a armazéns e centros de distribuição da UNRWA, com apreensão de produtos alimentares e não alimentares", diz outro relatório da agência, publicado na segunda-feira (30)
A agência da ONU voltou a afirmar que a ajuda humanitária que conseguiu entrar em Gaza
é insuficiente "para cobrir as necessidades mais básicas dos deslocados internos e das comunidades de acolhimento". Além disso, a UNRWA afirmou que mais palestinos estão chegando aos centros de acolhimento, mas a superlotação está fazendo com que pessoas durmam nas ruas.
"A superlotação continua a criar graves problemas de saúde e proteção para os deslocados internos, e também está gerando um forte impacto na sua saúde mental. O número médio de deslocados internos por abrigo atingiu quase quatro vezes a capacidade pretendida", diz a agência.