O porta-voz do poder Executivo da União Europeia, Eric Mamer, declarou nesta terça-feira (10) que o bloco não suspenderá "nenhum pagamento até que complete a revisão dos programas de assistência para a população palestina": "Mas ao mesmo tempo, dada a evolução em campo, consideramos necessário reexaminar os programas de ajuda".
"A linha da Comissão Europeia é a seguinte: ontem [9], o tweet de Oliver Varhelyi [comissário europeu de Ampliação e Política de Vizinhança, que anunciou interrupção imediata de todos os pagamentos aos palestinos] não foi coordenado com o colegiado dos comissários".
"A UE reavaliará os programas de ajuda e, enquanto isso, nenhum pagamento será suspenso. As ajudas humanitárias estão excluídas da avaliação. Não posso dar um prazo para o empenho do próximo pagamento", disse o porta-voz.
"A comunicação da Comissão deve ser coerente. Não somos da posição de tirar de alguém a possibilidade de twittar", disse, questionado sobre se Varhelyi ainda poderia fazer comunicados via Twitter.
Também nesta terça, o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, declarou: "Condenamos qualquer ataque aos civis e conclamamos respeito aos princípios universais do direito internacional. Israel certamente tem direito de se defender, mas isso deve ser feito em linha com o direito internacional".
"Pedimos a liberação dos reféns e que haja acesso a comida, água e remédios. Certamente condenaremos os atos terroristas que criaram tanto sofrimento e não ajudaram os palestinos", concluiu, em coletiva de imprensa em Mascate, ao fim da reunião da cúpula entre UE e países do Golfo.