Ataque do Hamas a local onde acontecia festival de música em Israel
Reprodução / CNN Brasil - 09.10.2023
Ataque do Hamas a local onde acontecia festival de música em Israel

O tenente-coronel israelense Richard Hecht disse que o país está "levando mais tempo do que o esperado" para retomar a "postura defensiva e de segurança". Desde o último sábado (7), Israel é alvo de ataques do grupo Hamas, que já deixaram ao menos 800 mortos em território israelense. Na Faixa de Gaza, onde  Israel realizou ataques de retaliação, cerca de 500 pessoas foram mortas.

O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, disse que o  bloqueio do país vai ser reforçado para evitar que alimentos e combustíveis cheguem a Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas.

O principal porta-voz militar de Israel disse que as tropas restabeleceram o controle das comunidades invadidas, mas que os confrontos isolados continuam.

"Agora estamos realizando buscas em todas as comunidades e limpando a área", disse o contra-almirante Daniel Hagari à agência de notícias Reuters .

Imagens de corpos de centenas de civis espalhados pelas ruas das cidades circulam pelas redes sociais. De acordo com Hagari, 300 mil reservistas já foram acionados em apenas dois dias de conflito.

"Nunca convocamos tantos reservistas em tal escala", disse ele. "Vamos para a ofensiva."

Conforme a Reuters , palestinos relataram ter recebido chamadas de agentes de segurança de  Israel dizendo para que eles deixassem as áreas ao norte e leste de Gaza.

A onda de ataques começou após integrantes do  Hamas matarem a tiros dezenas de jovens que estavam em um festival de música ao ar livre no deserto. Na ocasião, foram relatados ao menos 260 mortos. O local foi avistado repleto de carros carbonizados e destruídos, que foram deixados para trás enquanto a população tentava fugir dos ataques.

A Força Aérea israelense disse ter lançado cerca de duas mil munições e mais de mil toneladas em bombas em  Gaza, com o objetivo de atingir mais de oito mil alvos na cidade, nas últimas 20 horas.

Entre os alvos estão três lançadores de foguetes que apontavam em direção a Israel, uma mesquita onde o Hamas operava e 21 prédios que serviam aos militantes.

O Hamas afirmou que a contraofensiva equivale a crimes de "guerra e terrorismo".

"Os ataques e bombardeamentos militares do inimigo sionista contra casas habitadas por mulheres e crianças, mesquitas e escolas em Gaza equivalem a crimes de guerra e terrorismo", disse Izzat Reshiq, oficial do Hamas, em comunicado.

O Irã, principal aliado internacional do Hamas, parabenizou o grupo pela ofensiva, mas negou envolvimento nos ataques. As forças israelenses e o grupo libanês Hezbollah — apoiado pelo Irã — trocaram tiros de artilharia e foguetes.

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