A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, rebateu os ataques contra ela feitos pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump , durante o julgamento sobre suposta fraude fiscal. Na resposta de James dada nesta quarta-feira (04), ela afirma que os ataques não a deixaram intimidada e que a ida de Trump ao tribunal foi um "golpe político" — a presença dele não era obrigatória.
“Não serei intimidada. O senhor Trump não está mais aqui. O show de Donald Trump acabou. Isso nada mais foi do que um golpe político, uma parada para arrecadação de fundos”, disse a promotora.
Segundo ela, os comentários feitos pelo empresário foram "ofensivos e infundados”, e que a instauração do caso ocorreu "simplesmente porque se tratava de um caso em que indivíduos se envolveram num padrão e prática de fraude”.
Na Corte, Trump chamou por diversas vezes a promotora, o juiz Arthur Engoron e o julgamento de “corruptos”. O ex-presidente ainda comparou a sua situação com James como uma "caça às bruxas".
Em um determinado momento, Trump fez a seguinte afirmação contra James: "você pede dinheiro emprestado, paga e é processado por um animal político”.
Segundo a promotora, "os comentários infelizmente fomentaram a violência. Comentários que eu descreveria como provocação racial”.
O caso em que Trump segue sendo julgado é referente a supostas fraudes fiscais cometidas pelo empresário, os filhos mais velhos e executivos das Organizações Trump.
O juiz Arthur Engoron considerou que o ex-presidente junto a outros réus seriam os responsáveis pela fraude "persistente e repetida". Ele alega ainda que lhes foram fornecidos relatórios contábeis falsos durante quase uma década.
O processo foi aberto por James em setembro de 2022, no valor de US$ 250 milhões.
O caso segue para identificar outras seis acusações: Falsificação de registros comerciais; Conspiração para falsificar registros comerciais; Emissão de relatórios contábeis falsos; Conspiração para falsificar relatórios contábeis; Fraude de seguro e Conspiração para cometer fraude de seguros.
Segundo o gabinete da procuradora-geral, o patrimônio de Trump foi inflado em até US$ 3,6 bilhões em três períodos distintos entre 2011 e 2021.