Os serviços de segurança da Rússia prenderam nesta segunda-feira (3) a ativista antiguerra Darya Trepova , acusada por Moscou de entregar um presente com uma bomba durante um evento em um bar de São Petersburgo neste domingo (2).
Segundo a mídia estatal russa, Trepova entregou uma estatueta com os explosivos para os apresentadores de um debate. O governo ainda acusou a Ucrânia e a fundação contra a corrupção do opositor Alexey Navalny de estarem por trás do ataque .
Nesta segunda, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, ironizou as acusações do Kremlin , dizendo que "não pensa no que está acontecendo em São Petersburgo ou em Moscou porque quem tem que pensar nisso é a Rússia ". "Eu só estou pensando no meu país", disse ainda conforme agência Ukrinform .
Já o sócio de Navalny, Ivan Zhdanov, rejeitou as acusações das autoridades russas e disse que "obviamente, a fundação não está envolvida". Segundo o russo, a impressão é que o governo Putin "quer aumentar a pena" do opositor - que está preso desde o início do ano passado — e que parece que o Kremlin "não quer só um inimigo absoluto externo, na forma da Ucrânia, mas também de um interno sob a forma da equipe de Navalny".
Também hoje, o fundador da milícia paramilitar Wagner, Yevgeny Prigozhin, confirmou que é o proprietário do bar atingido pelo ataque , em uma entrevista à agência Tass, mas não quis acusar Kiev pela ação.
"Eu cedi o bar para o movimento patriótico Cyber Front Z e ali eles fizeram vários seminários. Muito provavelmente, essa tragédia aconteceu em um seminário. Todavia, eu não vou acusar o regime de Kiev por essas ações. Acredito que esteja em atuação um grupo de radicais que dificilmente teria ligações com o governo ucraniano, digamos assim", acrescentou.
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