Xi Jinping , de 69 anos, foi eleito pela terceira vez como presidente da China . A votação realizada nesta sexta-feira (10) mostrou a força da autoridade chinesa, uma das mais poderosas do país desde Mao Tsé-Tung . Por unanimidade, ele seguirá comandando o país pelos próximos cinco anos.
Cerca de três mil membros do parlamento da China, conhecido como Congresso Nacional do Povo, votaram em Xi Jinping. A eleição não contava com outro candidato, o que prova total domínio do presidente chinês. Ele ainda foi escolhido por unanimidade pelos dois milhões de membros do Exército Popular de Libertação, órgão que é liderado pelo partido e não pelo país, para ocupar o cargo de comandante.
A vitória de Xi não é nenhuma surpresa. Em outubro do ano passado, ele foi reeleito secretário-geral do Partido Comunista Chinês. Como a sigla é a única do país, Jinping já sabia que continuaria no cargo de presidente da China.
Para compor seu governo, Jinping chamou Li Qiang como número 2 do país. Tradicionalmente, o segundo mais poderoso do país assume o cargo de primeiro-ministro e tem a missão de manter as negociações e harmonia com outros países.
O trabalho do Congresso Nacional do Povo é liderado pelo Comitê Permanente. Os parlamentares escolheram Zhao Leji para chefiar o parlamento, tornando-se o terceiro oficial da agremiação.
A nova Constituição ainda prevê o reconhecimento do Partido Comunista Chinês como força de liderança política suprema e seu líder, no caso Xi Jinping, como autoridade central e norteadora para o crescimento da China. As regras ainda obrigam lealdade política das Forças Armadas.
Principal desafio do governo chinês
Entre os principais pontos para o próximo governo Jinping está a oposição de separatistas que querem a independência de Taiwan. Os chineses pretendem contra-atacar para evitar separação do país do governo e não descarta o uso das Forças Armadas.
Além disso, o governo chinês terá que trabalhar para evitar o avanço de uma “guerra fria” com os Estados Unidos. Atualmente, os dois países andam trocando acusações de espionagens e sabotagens.
Principalmente parceira comercial do Brasil, a China receberá a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no fim do mês de março. Uma das pautas que será colocada na mesa é a tentativa de fazer com que Rússia e Ucrânia assinem um acordo de paz.
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