Pessoas se refrescando em torneira
Reprodução/Twitter - 18.07.2022
Pessoas se refrescando em torneira

A Organização Mundial da Saúde informou, nesta segunda-feira (7), que as  ondas de calor que atingiram a Europa neste ano deixaram ao menos 15 mil mortos. O diretor do escritório europeu da OMS, Hans Kluge, afirmou, em comunicado, que o número ainda "pode aumentar".

De acordo com a organização, o relatório aponta para 4,5 mil mortos na Alemanha, cerca de 4 mil na Espanha, mais de 3,2 mil no Reino Unido e mil em Portugal.

Ainda segundo a nota, o Instituto Nacional da Estatística e dos Estudos Econômicos (Insee) da França também registrou uma taxa de excesso de mortalidade de 11 mil pessoas durante o verão de 2022 no Hemisfério Norte.

O órgão acredita que os dados "provavelmente" podem ser explicados pela forte  onda de calor que atingiu a França em junho e julho.

O verão deste ano que atingiu o continente europeu foi o mais quente já registrado no local. Além das milhares de mortes, o fenômeno também provocou incêndios florestais de grandes proporções em diversas regiões .

Em Portugal, França e Espanha, por exemplo, muitas pessoas precisaram deixar suas casas enquanto bombeiros passaram a combater as queimadas provocadas pela onda de calor .

De acordo com a OMS, as temperaturas extremas são responsáveis por 148 mil mortes nos últimos 50 anos. Desse total, 10% dos óbitos foram somente em decorrência do fenômeno registrado em 2022.

"As mudanças climáticas já estão nos matando, mas uma ação forte hoje pode evitar mais mortos", afirmou a organização.

Relatório da Organização das Nações Unidas (ONU) publicado na última semana mostra que a Europa, em comparação com o resto do mundo, é a região que se aquece mais rapidamente. No continente, os termômetros registraram um aumento duas vezes maior que a médica do planeta nos últimos 30 anos, conforme os dados.

Nesta semana começou a 27ª edição da conferência do clima da ONU, a COP, no Egito . O evento, que vai até o dia 18 de novembro, ocorre em Sharm el-Sheik e reúne as principais lideranças mundiais e ambientalistas para discutir mudanças climáticas.

Neste ano, o lema da COP é "Juntos para a implementação", para concretizar os tratados firmados anteriormente, como o acordo de Paris.

Na abertura do  evento nesse domingo (6), a OMS defendeu que a saúde deve estar na dianteira das negociações.

"As mudanças climáticas estão deixando milhões de pessoas doentes ou mais vulneráveis a doenças em todo o mundo e o aumento da destruição causada pelas temperaturas extremas afeta de forma desproporcional as comunidades pobres e marginalizadas", disse o diretor-geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

"É crucial que líderes e pessoas que tomam decisões se unam na COP27 para colocar a saúde no coração das negociações."

Entre no  canal do Último Segundo no Telegram e veja as principais notícias do dia no Brasil e no Mundo.  Siga também o  perfil geral do Portal iG.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!