Nesta sexta-feira (4), os ministros das Relações Exteriores do G7 disseram que qualquer uso de armas químicas, biológicas ou nucleares pela Rússia terá consequências graves. Na ocasião, as autoridades também voltaram a pedir que Moscou encerre a guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro deste ano .
"A retórica nuclear irresponsável da Rússia é inaceitável", afirmaram os ministros em comunicado.
"Hoje estabelecemos um mecanismo de coordenação do G7 para ajudar a Ucrânia a reparar, restaurar e defender sua infraestrutura crítica de energia e água", acrescentaram.
Os chefes de governo do grupo disseram que vão responsabilizar o presidente da Rússia, Vladimir Putin , e os "responsáveis" pela onda de ataques na Ucrânia nas últimas semanas.
Os países que fazem parte do G7 também se comprometeram a apoiar a Ucrânia "pelo tempo que for necessário", além de continuar a enviar ajuda financeira, humanitária, militar, diplomática e jurídica.
Ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, as nações garantiram que "não serão intimidadas" e serão "firmes" no compromisso de "fornecer o apoio que a Ucrânia precisa para defender sua soberania e integridade territorial", de acordo com a nota divulgada.
"Continuaremos a fornecer apoio financeiro, humanitário, militar, diplomático e legal e permaneceremos firmes com a Ucrânia pelo tempo que for necessário. Estamos comprometidos em apoiar a Ucrânia para atender às suas necessidades de preparação para o inverno", afirmaram.
No fim de outubro, o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse que a retórica nuclear que Putin vem promovendo é "perigosa, imprudente e irresponsável" .
Stoltenberg ainda completou dizendo que "a Rússia afirma agora falsamente que a Ucrânia se prepara para utilizar uma bomba radioativa suja no seu próprio território".
A declaração se deu após Putin supervisionar, no último dia 26, o treinamento de suas forças de dissuasão estratégica , ou seja, as tropas encarregadas de responder a ameaças, inclusive em caso de guerra nuclear.
A iniciativa ocorre em meio a preocupações de uma nova escalada da guerra na Ucrânia. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse a Putin que os exercícios pretendiam ensaiar “um ataque nuclear maciço” em resposta a uma investida com armas atômicas contra a Rússia.
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