O presidente da Rússia, Vladimir Putin, supervisionou, nesta quarta-feira (26), o treinamento de suas forças de dissuasão estratégica, ou seja, as tropas encarregadas de responder a ameaças, inclusive em caso de guerra nuclear.
A iniciativa ocorre em meio a preocupações de uma nova escalada da guerra na Ucrânia. O ministro da Defesa, Sergei Shoigu, disse a Putin que os exercícios pretendiam ensaiar “um ataque nuclear maciço” em resposta a uma investida com armas atômicas contra a Rússia.
Os exercícios incluíram o lançamento de mísseis balísticos intercontinentais da península Kamchatka, no extremo leste russo, e outro a partir das águas do mar de Barents, no Ártico.
Autoridades russas negam que planejam usar armas atômicas, mas acusam a Ucrânia de tramar a detonação de uma chamada “bomba suja” — artefato convencional envolto em materiais radioativos.
A Rússia já realizou exercícios nucleares uma vez este ano, em fevereiro, pouco antes de invadir a Ucrânia. Na ocasião, Putin convidou o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, para se juntar a ele.
Os exercícios envolvendo submarinos, aviões e mísseis acontecem tradicionalmente em outubro, mas foram pulados em 2021 devido à pandemia de Covid-19.
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